O diretor criativo da Valentino, Pierpaolo Piccioli, está deixando a grife italiana, marcando a mais recente de uma série de mudanças de estilistas de alto nível no setor.
A grife informou nesta sexta-feira (22) que havia concordado com Piccioli em encerrar sua colaboração, acrescentando que uma nova “organização criativa” seria anunciada em breve.
A enxurrada de mudanças recentes de design ocorre em um momento em que o setor de luxo se ajusta a um crescimento menor após um frenesi de gastos pós-pandemia.
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O Barclays projeta que as vendas do setor aumentarão cerca de 5% neste ano, abaixo dos quase 9% registrados no ano passado, à medida que os consumidores mais jovens controlam as compras em meio ao aumento dos custos.
Conhecido por seus designs de alta costura dramáticos e populares no tapete vermelho, Piccioli começou na Valentino em 1999 e assumiu o cargo de único diretor criativo em 2016.
“Sua contribuição nos últimos 25 anos deixará uma marca indelével”, disse o presidente da Valentino, Rachid Mohamed Rachid.
Piccioli afirmou na mesma declaração: “Estou nesta empresa há 25 anos, e há 25 anos existo e convivo com as pessoas que teceram as tramas dessa linda história que é minha e nossa”.
O grupo de luxo francês Kering comprou uma participação de 30% na Valentino no ano passado do fundo de investimentos Mayhoola, do Catar, com a opção de comprar o restante em cinco anos.
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A principal marca da Kering, a Gucci, passa por uma revisão de design, sob a direção criativa de Sabato de Sarno – que já trabalhou ao lado de Piccioli e foi recrutado no ano passado para substituir Alessandro Michele – enquanto sua marca menor, Alexander McQueen, substituiu a diretora criativa de longa data Sarah Burton por Sean McGirr no final do ano passado.
Outro estilista de alto nível, Dries Van Noten, anunciou no início desta semana seus planos de se aposentar de sua marca, que pertence ao grupo espanhol Puig.
Enquanto isso, a Givenchy, de propriedade da LVMH, ainda não substituiu Matthew M. Williams, que saiu no início do ano.