A grife francesa Hermès foi processada na Califórnia sob alegações de que impede ilegalmente que clientes sem um “histórico de compras suficiente” na empresa adquiram suas famosas bolsas Birkin.
De acordo com uma ação coletiva federal proposta na terça-feira (19) por dois residentes da Califórnia, a Hermès está violando a lei antitruste ao “condicionar” a venda de um item à compra de outro.
O processo alega que os vendedores da empresa, que não ganham comissão pelas vendas das bolsas, impulsionam o esquema ao pressionar os clientes a comprarem sapatos, lenços, joias e outros itens para terem a chance de adquirir uma Birkin.
- Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
A Hermès e os advogados dos autores da ação não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
O processo chama as bolsas Birkin, há muito vistas como símbolo de status, de “ícone da moda”.
De acordo com o processo, os consumidores não podem comprar uma Birkin online, e as bolsas de couro, feitas à mão e que podem custar milhares de dólares cada, não são exibidas para venda nas lojas da empresa. “Normalmente, apenas os consumidores considerados dignos de comprar uma bolsa Birkin terão a chance de ver uma (em uma sala particular)”, afirma o processo.
O processo busca ser classificado como uma ação coletiva para milhares de consumidores dos EUA que compraram produtos da Hermès ou foram pressionados a comprá-los para poder adquirir uma Birkin.
Leia também:
A Hermès opera cerca de 43 lojas nos Estados Unidos, incluindo 8 na Califórnia.
Os autores da ação buscam indenização monetária não especificada e uma ordem judicial proibindo as práticas supostamente anticompetitivas da Hermès.