O dia 26 de julho será marcado pelo início de uma das maiores celebrações esportivas e culturais da humanidade: a Olimpíada 2024 em Paris, na França. Falta pouco mais de um mês para que os atletas das mais diversas modalidades coloquem à prova suas habilidades e competências; tempo mais que suficiente para que os últimos preparos sejam realizados e, claro, expectativas sejam criadas.
A Forbes conversou com cinco atletas de modalidades variadas para entender quais são as expectativas, objetivos e o caminho a traçar até finalmente chegar à Vila Olímpica. Independente da modalidade, uma resposta é unânime para todos: representar o Brasil perante os olhos do mundo é a realização de um sonho.
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Rayssa Leal: “agora é chegar lá e dar o meu melhor”
Quando a skatista Rayssa Leal garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, não tinha noção da grandiosidade do evento. Ela conta que estava feliz em participar de um campeonato para representar o Brasil, principalmente por ser a primeira vez da modalidade em uma Olimpíada. “Só de estar participando, já ia fazer parte da história do skate. É um momento inesquecível com certeza!”, diz.
A “fadinha do skate” conta que treina em sua pista quando está em casa e participa de várias competições da modalidade. Além disso, mantém uma rotina de treinos na academia e sessões com sua terapeuta. Com a classificação garantida para os Jogos Olímpicos, Rayssa diz que suas expectativas são as melhores possíveis. “Quero botar aquele sorriso no rosto, como minha mãe sempre me pede, dar o meu melhor e me divertir! Se vier a medalha, melhor ainda”, finaliza.
Rebeca Andrade: “abrimos mão de muitas coisas para chegar aos Jogos, e tudo vale a pena”
Aos 17 anos, a ginasta Rebeca Andrade participou de sua primeira Olimpíada, a Rio 2016. “Foi um sentimento difícil de descrever. Uma alegria enorme, algo que eu nunca tinha sentido antes”, conta. Segundo ela, cada participação olímpica é única e, para a próxima edição, estar na Olimpíada é motivo de muito orgulho. “É um momento com que todo atleta sonha, é o que faz valer a pena todo o esforço e dedicação de um ciclo olímpico. Abrimos mão de muitas coisas para chegar aos Jogos, para vestir as cores do Brasil. E tudo vale a pena”, completa.
A atleta diz que a preparação, tanto dela quanto de toda a equipe, está intensa. Para ela, é essencial estar bem preparada, pois estar nos Jogos não é uma conquista apenas do atleta, mas de todos que o apoiam no dia a dia: a equipe, a família, os amigos e os fãs. “Estou me dedicando ao máximo nessa preparação para chegar em Paris e fazer o meu melhor. Não posso prometer medalha, não posso prometer pódio, só posso prometer o que está ao meu alcance, que é fazer o meu melhor, dar o meu máximo e representar bem o meu país e todos que torcem por ele”, finaliza.
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Rosamaria: “ir para a Olimpíada foi a recompensa de um trabalho de muito tempo”
“A cada novo circuito é um novo desafio para o qual você precisa estar preparada. A Olimpíada é um mundo mágico, onde tudo pode acontecer”, diz Rosamaria, atleta da equipe de vôlei da seleção brasileira. Embora seja um dos destaques do elenco, ela ressalta que para as Olimpíadas são apenas doze vagas e, no Brasil, há muitas atletas de alto nível competindo. Portanto, ela ainda está na disputa para garantir sua vaga.
Rosamaria acredita que cada Olimpíada traz suas particularidades, pois muitas vezes uma seleção enfrentada em uma edição passada pode estar em um momento melhor ou pior do que da última vez. Mas, independente das circunstâncias, ela vê a participação nos Jogos como a realização de um sonho. “Sei o quanto batalhei para chegar a uma Olimpíada, e representar o meu país na maior competição do mundo é indescritível. Por isso vibro tanto em quadra, porque sei o peso e a honra que é estar dentro das quatro linhas pelo Brasil”, finaliza.
Filipe Toledo: “cada Olimpíada conta a sua história”
Quando o surf estreou como modalidade olímpica em Tóqui 2020, Filipe Toledo ficou a poucos pontos de se classificar para os jogos. Mas, agora, sua participação em Paris 2024 foi garantida pelo bicampeonato mundial. “Nós, do surf, vamos viver a experiência Olímpica de uma forma diferente, já que iremos estar no Taiti, longe das outras modalidades e dos outros atletas. Mas o sentimento e o peso de estar representando nosso país será o mesmo. Me sinto muito realizado de estar fazendo parte disso”.
Filipe conta que tem focado bastante em sua preparação física, alimentação e preparação mental. Recentemente, ele voltou de um camp de treinamentos organizado pela CBSURF (Confederação Brasileira de Surf) em Teahupoo, mesmo local onde vão acontecer as disputas de surfe nos Jogos Olímpicos. “Para um atleta de alta performance, acho que o ápice que podemos alcançar é chegar à Olimpíada e conquistar uma medalha. Não existe nada maior do que isso, fica marcado na história. É um peso completamente diferente vestir a lycra do Brasil e sentir nos seus ombros o peso de carregar uma nação inteira junto com você. Acho que vai ser muito divertido. Estou muito ansioso, mas de uma forma diferente. É um sentimento muito bom”, afirma.
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Pedro Barros: “a ideia sempre foi levar a filosofia do skate para o mundo”
“É um campeonato de skate, coisa que a gente faz a vida inteira, mas é sempre uma nova oportunidade de levar o nosso esporte para uma das maiores plataformas do mundo”, conta Pedro Barros, skatista que compete nos Jogos pela segunda vez em 2024. O atleta diz que, quando foi para Tóquio, ele sabia que seria uma experiência única. “São experiências que vou levar para o resto da vida. Mas, apesar de cada Olimpíada ter sua particularidade, agora já sei o que esperar”.
O atleta tem como meta pré-olimpica cuidar da saúde integral: corpo, mente e alma. E, conectado consigo mesmo, o objetivo de Barros é trazer o ouro para casa, embora essa não seja sua prioridade. “O que mais me interessa é novamente passar a mensagem do skate, além de ressaltar a importância de incentivar os jovens no esporte. Claro que ainda há muito o que melhorar em termos de incentivo e estrutura, mas estamos no caminho. E é por isso que é uma honra fazer parte disso, junto com a família do skate”, finaliza.