O vôlei masculino do Brasil foi eliminado nesta segunda (5) na Olimpíada de Paris, em partida contra os Estados Unidos. Mas apesar da derrota, em disputa acirrada, novos nomes da equipe brasileira de Bernardinho se destacam, especialmente o do jovem Adriano Xavier.
O ponteiro de apenas 22 anos, um dos mais jovens da seleção, tem sido descrito como um prodígio do esporte. Com 2,01 metros, o camisa 6 ajudou o Brasil a se classificar para as quartas, com pontos e defesas estratégicas contra Egito, Polônia e Itália – além de ter tido uma atuação decisiva como titular no último jogo contra os EUA.
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A trajetória de Adriano no vôlei
Nascido em 2002 na pequena cidade de Ituiutaba, em Minas Gerais, Adriano começou a jogar vôlei desde pequeno e e se profissionalizou na temporada 2019/20, com apenas 17 anos, no APAV/Canoas (RS). Na temporada seguinte, já no UM Itapetininga, passou a jogar na Série A do vôlei brasileiro. No time, avançou até as semifinais do Campeonato Paulista de 2020, além de ficar em quarto lugar na Superliga A.
Em 2019, o mineiro fez sua primeira participação na seleção brasileira no Mundial Sub-19 de vôlei. Pouco depois, foi convidado para treinar junto à equipe principal da seleção de vôlei – ele venceu o Sul-Americano, seu primeiro título junto à equipe adulta, em 2021.
Por sua participação como um dos melhores ponteiros da Superliga A, Adriano entrou na mira de vários clubes brasileiros e até do exterior. Considerado uma “revelação” daquele ano, foi contratado em 2021 pelo Vôlei Renata, clube premiado de Campinas.
No time paulista a partir de 2022, o mineiro foi protagonista da última Superliga, se consolidando como o 4º maior pontuador da competição, com 431 pontos. Na seleção brasileira, esteve presente nos principais momentos, com o bronze no Campeonato Mundial 2022 e o ouro nos Jogos Pan-Americanos 2023.
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Com todo destaque, Adriano foi um dos convocados de Bernardinho para estrear na Olimpíada de 2024.
A participação em Paris foi histórica para o jovem do interior de Minas. “Na Rio 2016, eu acompanhei tudo. Foi no ano seguinte, 2017, que decidi sair de casa para me dedicar ao vôlei. Eu nem fico pensando muito em como será, eu só quero estar lá, me dedicando, aproveitando, vivenciando cada momento. E para isso, preciso focar no presente e continuar trabalhando”, disse Adriano ao portal Web Vôlei, em janeiro.
Agora, o jogador pode estar voltando para a casa com a seleção, mas ainda tem muito voo pela frente.