Louis Vuitton Inverno 2025: 5 Motivos para Viajar Já!

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Uma capa de chuva transparente sobre calça e top de cor predominantemente vermelha, um andar urbano, apressado. A primeira modelo a entrar nas passarelas do desfile da Louis Vuitton, sob o comando de Nicolas Ghesquière, tem jeito de quem vai pegar o trem de todo dia. Essa era a ideia: tendo a Gare du Nord como cenário, o diretor criativo imaginou todas as cenas possíveis nesse lugar de encontros e despedidas, da iminência das tão sonhadas férias, do dia a dia de trabalho, que requer praticidade. 

O cenário é perfeito, afinal, viagem é assunto que a marca domina. Não à toa, a maison anunciou uma nova linha de bagagens flexíveis. Aproveitei e listei cinco momentos do desfile em que deu muita vontade de viajar – e que, de quebra, explicam a coleção.  

Para revisitar o passado e partir para o futuro

A ideia de desfilar na Gare du Nord é um aceno aos tempos áureos do trem de luxo Étoile du Nord (estrela do norte), uma linha que saía de Paris, na década de 1920, e ia até Amsterdã. Muita bagagem Louis Vuitton passou por lá… Inspirada na clássica bolsa Keepall, a marca lançou no desfile a L’Express, com tiras mais finas, cores suaves e as mesmas linhas arredondadas. 

Para encontrar um grande amor…

…Ou o crush da vez. Romântico como uma cena de filme, sabe? Aquela em que dois amantes se encontram na estação de trem, seja para o “felizes para sempre”, seja para uma melancólica despedida. A estação também é cenário para esse tipo de encontro, em que as mulheres lançam mão dos vestidos e saias em veludo devorê, tipo camisola, com renda, ou com muito brilho, que funciona inclusive de dia. 

Para explorar o novo

Aventura e encantamento são palavras usadas pela maison para falar da coleção – essa talvez seja a faceta mais emocionante de tudo o que uma viagem pode significar. Para esses viajantes, a estética nômade também tem lugar na cartela de referências de Ghesquière, com casacos que lembram ponchos e pochetes duplas, bem práticas. 

Para ir e vir

Ao trabalho, a passeio, para um dia a dia que guarda espaço para o charme de um transporte tão antigo quanto o trem, em uma estação tão antiga quanto a Gare du Nord, mas com o guarda-roupa do momento: prático (com casacos de tecido esportivo), autêntico (com referências dos anos 1980 e espaço para os curtinhos, as estampas e os volumes) e cheio de surpresas, como o diretor criativo gosta.

Para espantar a melancolia

No início e na entrada final do desfile da Louis Vuitton, as modelos caminham pelas múltiplas passarelas ao som de Blouson Noir, música lançada dez anos atrás pelo duo francês Aaron e remixada para o desfile pelo produtor Tanguy Destable. A canção é melancólica e fala sobre a sensação de solidão – na França, blouson noir é também um termo usado para caracterizar os garotos-problema dos anos 1950 e 60, que usavam jaquetas de couro preta. Seria uma forma de falar do momento do mundo? De qualquer maneira, uma nova viagem é sempre uma  solução animadora para mudar de ares, não é? 

Confira a galeria de fotos e assista ao vídeo para conferir todos os momentos.  

Com Antonia Petta e Milene Chaves

Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.

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