A BMW alertou nesta quarta-feira para um segundo semestre altamente volátil, apontando o fornecimento global de chips, bem como de energia na Europa, como crucial para a montadora atingir as metas de lucro do ano.
Os novos pedidos recebidos estavam em queda, mas as carteiras de pedidos para os próximos meses permaneceram preenchidas, disse o presidente-executivo da empresa, Oliver Zipse.
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A demanda por modelos elétricos foi particularmente alta, acrescentou o diretor financeiro da companhia, Nicolas Peter. A montadora estava a caminho de cumprir a meta de dobrar as vendas de carros totalmente elétricos até o final do ano, e esperava um crescimento total das vendas de 5% a 10% no segundo semestre, impulsionado pelos mercados asiáticos, disse ele.
Ainda assim, a BMW projeta entregas no ano completo abaixo do recorde de 2021, de 2,52 milhões.
“O fator crucial será como a situação do fornecimento se desenvolverá – não apenas para semicondutores, mas também fornecimento de energia na Europa”, disse Zipse.
Por volta de 12h (horário de Brasília), as ações da BMW caíam 6,3%.
Daniel Schwarz, analista da Stifel, classificou o cenário posto pela companhia como “bastante decepcionante”, enquanto a Berstein Research destacou que a BMW se tornou a primeira montadora a sinalizar cautela sobre a demanda.
Os lucros da montadora alemã caíram 31% no segundo trimestre, para 3,4 bilhões de euros, apesar do crescimento das receitas. O resultado superou a expectativa de 3,13 bilhões de euros de analistas, segundo pesquisa da Refinitiv.
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