Cacá Mancebo é o novo Chief Marketing Officer (CMO) da Carbon, anunciou a maior blindadora de veículos civis do mundo. O executivo estruturará a área de marketing e comunicação da companhia, desde o planejamento financeiro até o branding, passando também por aspectos comerciais como go-to-market de produtos e serviços e geração de demanda. Uma das metas também é aumentar o market share nos segmentos B2C, B2B e B2B2C com a missão de potencializar o crescimento da empresa.
“Estou muito feliz por assumir essa posição na Carbon para não somente impulsionar a consolidação da companhia na área de segurança automotiva, mas também levar ao consumidor conhecimento e informações sobre essa área, que é ainda pouco difundida”, explica Mancebo.
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“Com o desenvolvimento da estratégia geral de marketing, quero consolidar o posicionamento da empresa como líder no segmento automotivo premium e luxo, para sermos a marca mais desejada por esses clientes. Além disso, é uma honra poder voltar a trabalhar com o Alessandro Ericsson, CEO da Carbon, com quem já liderei a área de Marketing e Comunicação da NAVA Technology for business”, completa o novo executivo.
Ericsson afirma que a chegada do CMO será fundamental para alcançar os objetivos de crescimento da companhia: “Sob a liderança do Cacá à frente das estratégias de marketing, já estamos colocando em prática os planos de expansão da Carbon, como ações de co-marketing com as montadoras, identificação de novas oportunidades de negócios, lançamento de novos produtos e serviços, crescimento orgânico e inorgânico e ampliação da atuação da empresa no mercado interno e externo”.
Mestre pelo Royal College of Art de Londres em Communication Art & Design e graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, como designer ele recebeu prêmios em campanhas globais do D&AD Awards e contribuiu para projetos internacionais na Europa, na China e em Nova York. Na Inglaterra, atuou no Tom Dixon Design Research Studio e no Nick Bell Design.
Investimento de R$ 50 milhões
Recentemente, a empresa anunciou R$ 50 milhões em investimentos para ampliar linhas de produção, eliminar gargalos e verticalizar parte da cadeia de suprimentos. Desse montante, R$ 43 milhões já foram alocados para projetos específicos. “Estamos também avaliando nosso pipeline de projetos, que pode necessitar de um investimento adicional de aproximadamente R$ 25 milhões. Isso levaria nosso investimento total a cerca de R$ 70 milhões”, explica Mancebo.
De acordo com o executivo, a ampliação da produção de vidros blindados (com a aquisição de uma nova planta) já foi concluída, enquanto a ampliação das linhas de produção de blindados, com nova fábrica em Barueri, deve ser concluída neste trimestre.
Com isso, a Carbon prevê crescimento de 37% em comparação ao faturamento de 2022 e acredita que manterá a liderança do mercado, com aproximadamente 20% de market share.
Parceria com montadoras e IA
Mancebo também estará à frente do plano de expansão entre as montadoras. Atualmente, a Carbon é a única empresa de blindagem global da Volvo Cars, o que significa que somente a sua mantém a garantia original da fabricante.
Além da marca sueca, a Carbon já possui certificações com Jaguar, Land Rover, Toyota, BYD e GWM. “Estamos em estágios avançados de negociação com outras montadoras, mas ainda não podemos comentar”, afirma Mancebo.
Sobre o futuro da blindagem, o executivo enxerga diversos avanços no horizonte. “Sobre materiais, por exemplo, espera-se uma evolução tecnológica significativa com reduções de peso e espessura. Quanto a prazos, a automação e a Internet das Coisas (IoT) vão permitir uma otimização de prazo de entrega dos serviços. A digitalização completa da jornada do cliente, desde a compra até os serviços pós-venda, também deve melhorar muito o nosso customer experience”, analisa o executivo.
“Também queremos avançar no conceito de indústria 4.0, incorporando elementos de robotização, aprendizado de máquina (ML) e Inteligência Artificial (IA) para aumentar a eficiência na produção. Além disso, há desafios específicos da natureza da blindagem que precisam ser endereçados para acompanhar a evolução da indústria automotiva, como vidros com projeções de informações (HUDs) e displays integrados, veículos autônomos e materiais autorregenerativos que ainda estamos estudando o impacto na nossa indústria. Temos muitos campos em que progredir”, conclui.