A ameaça vem de dois lados. De um, há a nova Chevrolet Montana, lançada no início do ano. Do outro, o Volkswagen Polo, que também no começo de 2023 ganhou uma poderosa versão de entrada, a Track. Com esses produtos rondando e avançado, a líder de mercado, Fiat Strada, mudou.
Veja galeria de fotos da Strada Turbo:
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Foto: divulgação Fiat Strada Ultra 2024
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Foto: divulgação Fiat Strada Ultra 2024
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Foto: divulgação Fiat Strada Ultra 2024
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Foto: divulgação Fiat Strada Ranch 2024
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Foto: divulgação motor 1.0 turbo é o mais potente de sua categoria, com 130 cv
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Foto: divulgação Fiat Strada Ranch
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Foto: divulgação Fiat Strada Ranch 2024
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Foto: divulgação Fiat Strada Ranch 2024
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Foto: divulgação Fiat Strada Ranch 2024
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Foto: divulgação -
Foto: divulgação Fiat Strada Ranch 2024
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Foto: divulgação Fiat Strada Ultra Edizione 25
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Foto: divulgação
Fiat Strada Ultra 2024
Número 1 em vendas no Brasil desde 2021, a Strada chega com uma importantes novidades para a linha 2024. Há a nova versão Ultra, que traz o motor 1.0 turbo do Pulse. O mesmo propulsor está agora na Ranch, que abandona o 1.3 aspirado. Ambas estão disponíveis apenas com cabine dupla e câmbio CVT.
São versões que têm alvo certo: a nova Montana. Não que o modelo da Chevrolet, cerca de 20 cm maior, tenha sido um grande problema para a Strada. Afinal, faz médias 3 mil unidades vendidas ao mês, ante as cerca de 9 mil da Fiat. Mas como prevenir pode ser melhor do que remediar, a líder já se adiantou e inovou sua linha.
Quanto ao Polo, o produto não é concorrente direto da Strada. No entanto, nos dois últimos meses, tirou da picape sua posição de honra: líder do mercado brasileiro, que o VW ocupou em junho e julho.
O incremento de vendas que a Strada deverá ter com as atualizações é uma boa jogada para impedir que Polo ultrapasse a picape no acumulado do ano – e se torne o produto mais vendido de 2023. Por isso, a Fiat também fez atualização na versão de entrada.
A Endurance, única que trazia o motor 1.4, o abandonou e agora adota o 1.3. A Strada, portanto, continua com duas opções de propulsor: 1.3 aspirado e 1.0 turbo. O antigo 1.4 não está mais disponível.
Preços e versões
A Strada passa a ter sete opções, entre combinações de acabamento, motor e carroceria. A Endurance e a Freedom tiveram aumento de R$ 1 mil. A primeira custa R$ 100.990. Além da mudança de motor, ganhou direção elétrica. Só está disponível com cabine estendida, que a Fiat chama de plus.
O câmbio é manual. Essa mesma transmissão equipa a Freedom, que sai por R$ 106.990 com cabine plus e R$ 112.990 com a dupla. Já o reajuste das versões Volcano foi de R$ 2 mil.
Oferecida apenas em cabine dupla, sai por R$ 114.990 com transmissão manual e R$ 120.990 com a CVT. A Strada Ranch ficou R$ 6 mil mais cara com a troca do motor pelo 1.0 turbo. Custa R$ 132.990. A inédita Ultra sai pelo mesmo valor.
A Strada ganha ainda uma série especial de 1.045 unidades, batizada de Edizione 25 – para celebrar os 25 anos de história da picape. Por R$ 135.990, é baseada na Ultra. Traz para-barro, exclusiva cor cinza, carroceria bicolor e adesivos laterais.
Por dentro, há badge comemorativo, com o número do exemplar da edição. Outros destaques são os detalhes vermelhos e uma exclusiva soleira.
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Ultra e Ranch
As versões Ultra e Ranch são voltadas ao consumidor que tem picapes como estilo de vida, não para o trabalho. Esse público já representa 45% dos clientes da Strada, e a meta da Fiat é aumentar a participação.
Enquanto a Ultra é mais urbana, a Ranch tem uma pegada visual off-road. Ambas trazem visual diferente das demais Strada. O para-choque foi totalmente reformulado, ganhando faróis auxiliares com moldura.
A grade também passou por atualização, e traz uma barra na parte inferior. O detalhe é vermelho na Ultra e cinza na Ranch. A inscrição Turbo 200, que identifica o motor, está nas laterais e traseira.
“Duzentos” é o torque em NM (Newton Metro – leia mais abaixo). Por dentro, o volante é novo, praticamente igual ao do Pulse. Traz também a tecla Sport, para deixar o conjunto com respostas mais esportivas.
O acabamento melhorou, com detalhes de couro perfurado com costura vermelha nas portas. O mesmo material está no revestimento dos bancos. O que não mudou foi o painel de instrumentos simples, igual ao do Mobi.
Além disso, a central multimídia tem tela pequena, de 7″. Apesar de alguns botões físicos, é sensível ao toque e tem sistema operacional rápido e intuitivo – como o de Pulse, Fastback e Renegade, da Jeep (que assim como a Fiat, faz parte do Grupo Stellantis).
Desempenho
O motor 1.0 turbo é o mais potente de sua categoria, com 130 cv. O torque, em kgfm (medida mais usada que o NM no Brasil), é de 20,5. O câmbio CVT simula sete marchas.
Para receber o novo motor, foram feitas algumas mudanças na suspensão, com novos amortecedores e molas dianteiras. De acordo com a Fiat, isso aumentou a rigidez torcional. A direção foi recalibrada.
A Strada ficou muito esperta com o novo conjunto. Apesar de o câmbio CVT não privilegiar a agilidade, é eficiente no casamento com o motor. As acelerações e retomadas estão rápidas e suaves, sem trancos desconfortáveis.
Durante a avaliação, a picape se mostrou muito eficiente em ultrapassagens, e ainda mostrou que o acabamento aprimorado reforçou o silêncio a bordo. É boa a proteção acústica. De acordo com a Fiat, a Strada turbo acelera de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos.
Também houve melhora na estabilidade. A picape ficou mais firme em curvas e gostosa de dirigir. Quanto ao conforto, a suspensão (independente na frente e por eixo rígido atrás), no geral, filtra bem as imperfeições com o piso, mas sente um pouco a pressão em superfícies muito irregulares, em que os ocupantes podem ter leve desconforto.
Com 4,45 metros de comprimento, a Strada tem capacidade de carga de 650 kg nas duas versões 1.0 turbo. O volume da caçamba é de 844 litros. Entre os pontos fracos está o volante sem ajuste de profundidade (tem apenas de altura), o que dificulta a missão de encontrar a posição ideal de dirigir.
Além disso, as alavancas para comandos de altura e inclinação dos bancos são duras – e, no caso da segunda, mal posicionada.