Ao conquistar seu terceiro título mundial, Max Verstappen ganhou o ingresso para um dos clubes mais seletos do mundo: o de tricampeões da F1. Alguns dos melhores pilotos de todos os tempos estão nesta turma: Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna.
Quando começou a namorar a modelo Kelly Piquet, o holandês até brincava que ele deveria primeiro ganhar três títulos mundiais antes de poder falar de igual para igual com seu sogro – pelo visto, o piloto da Red Bull vai conseguir ter mais entrosamento com sua família brasileira.
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E é justamente analisando os números de conquistas de Max com Nelson Piquet que vemos o quanto a F1 mudou em termos de recordes. O brasileiro foi um dos primeiros pilotos a superar a marca de 200 GPs – ele fez ao todo 204, tendo se aposentado ao final da temporada de 1991 na Benetton, com 39 anos de idade.
Já Verstappen chegará ao seu GP 200 no ano que vem, com apenas 26 anos de idade! Isso porque Max foi o piloto mais jovem de toda história a estrear na F1, com apenas 17 anos.
Seu talento precoce foi decisivo para que a Red Bull assinasse contrato com o holandês e o promovesse rapidamente para a principal categoria do automobilismo mundial, dando uma chance na então Toro Rosso (atual Alpha Tauri), a subsidiária da equipe Red Bull.
O espanto foi tamanho que desde então se criaram regras para ter pontos na Super Licença da F1 que praticamente inviabilizam que o recorde de Verstappen seja quebrado.
Com mais GPs na temporada, a dominância de Verstappen também é mais absoluta em números de vitórias e poles, por exemplo: o holandês já tem 49 vitórias (se você estiver lendo este artigo depois do GP doa Estados Unidos, talvez já sejam até 50), contra 23 de Piquet – nos anos que o brasileiro foi campeão, 1981, 1983 e 1987, eram menos GPs em disputas e mais equipes brigando pela vitória.
No seleto clube dos tri, Verstappen só perde para as lendas em um único quesito para Ayrton Senna: o número de pole positions. Em dez anos na F1 e 161 GPs, o brasileiro conquistou a marca impressionante de 65 poles, enquanto o holandês não tem nem a metade disso, mesmo tendo mais corridas (180 ao todo).
Quando perguntado sobre a entrada neste seleto clube, Verstappen foi modesto – como aliás é praxe sempre que bate recordes na F1.
“Não penso nisso, mas é claro que estou muito orgulhoso de poder alcançar estas coisas, mas também vivo o momento, por isso quero alcançar mais e sei que quando parar de correr terei tempo para olhar para trás e apreciar adequadamente. É algo que nunca pensei que fosse possível”, afirmou.
“Todo mundo (desta lista dos tricampeões mundiais) é incrível por si só, ninguém é igual e essa é a beleza do esporte. É por isso que acho que não é justo escolher apenas um, porque são épocas diferentes e todos são pilotos incríveis”, completa o holandês.
A julgar pela incrível fase de Max na F1e da hegemonia da Red Bull, talvez o título de sócio deste clube tenha validade curta – apenas um ano.
Quem sabe, já em 2024, iguala os tetracampeões Alain Prost e Sebastian Vettel e já coloca na mira os três nomes de marcas que pareciam inatingíveis na F1: o pentacampeão Juan Manuel Fangio e os heptas Michael Schumacher e Lewis Hamilton. Idade e talento para isso, Verstappen tem de sobra.
Veja dados do “Clube dos Tri” na F1:
Jack Brabham
GPs: 123
Vitórias: 14
Poles 13
Jackie Stewart
GPs: 99
Vitórias: 27
Poles: 17
Niki Lauda
GPs: 171
Vitórias: 25
Poles: 24
Nelson Piquet
GPs: 204
Vitórias: 23
Poles: 24
Ayrton Senna
GPs: 161
Vitórias: 41
Poles: 65
Max Verstappen
GPs: 180
Vitórias: 49
Poles: 30