O ex-piloto de Fórmula 1 e fundador da única equipe brasileira a disputar a categoria, Wilson Fittipaldi Jr., morreu nesta sexta-feira aos 80 anos em São Paulo, informou a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), que lamentou a morte em comunicado.
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O piloto, que havia completado 80 anos no Natal do ano passado, estava internado depois de engasgar com um pedaço de carne durante as comemorações natalinas e de seu aniversário. Ele sofreu uma parada cardíaca e chegou a ser intubado, e estava internado desde então no Hospital Sancta Maggiore, na zona sul de São Paulo.
“Mesmo com saúde abalada nos últimos anos, esteve no Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, em novembro último, ocasião em que foi reverenciado por automobilistas de várias gerações”, disse a CBA em seu comunicado . “A CBA rende homenagens não apenas ao ex-piloto Wilson Fittipaldi Jr., mas a este legítimo patrimônio do automobilismo Brasileiro.”
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Irmão do bicampeão mundial de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi e pai do também ex-piloto Christian Fittipaldi, que também chegou à principal categoria do automobilismo, Wilsinho, como era conhecido, estreou na Fórmula 1 pela equipe Brabham em 1972, fazendo também a temporada de 1973 na mesma equipe.
Em 1974 decidiu se dedicar ao projeto ambicioso de colocar no grid da categoria o carro da primeira equipe brasileira da história, a Fittipaldi, que ficou conhecida como Copersucar-Fittipaldi devido ao patrocinador que apoiou o projeto no seu início.
No ano de estreia da nova equipe, com Wilsinho como um dos pilotos, o novo time não pontuou. Já no ano seguinte, com a ida de Wilsinho para o posto de chefe da equipe e a chegada do irmão e já bicampeão mundial Emerson ao cockpit, a equipe conseguiu 3 pontos no Mundial daquele ano.
Ativa na Fórmula 1 até 1982, a Fittipaldi disputou 104 Grandes Prêmios e teve como melhor resultado o segundo lugar obtido por Emerson no Grande Prêmio do Brasil de 1978, temporada em que a equipe teve sua melhor campanha, ficando à frente de escuderias tradicionais como McLaren, Williams e Renault.
Após a saída da Fórmula 1, Wilsinho seguiu pilotando, como por exemplo na Stock Car, onde também atuou como coordenador técnico.