Conheça Seychelles, o paraíso cristalino do Oceano Índico

Com poucos turistas em relação a outros destinos, a principal vantagem do arquipélago é a exlcusividade

Cintia Esteves

O caminho mais curto para Seychelles, a partir do Brasil, é via Johannesburgo, na África do Sul. De São Paulo ou Rio de Janeiro são cerca de oito horas de voo até a capital sul-africana e outras cinco em direção a Mahé, que junto com Praslin e La Digue formam o trio principal do arquipélago de 115 ilhas.

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O voo diurno, opção da reportagem de FORBES Brasil, cercou a chegada a Seychelles de uma expectativa ainda maior: será esse mar, à noite, realmente tão azul? A caminho do hotel, dentro da BMW do Four Seasons, só era possível imaginar. A estrada com pouca iluminação não dava a mínima pista.

Veja na galeria de fotos como foi esta fantástica viagem a um dos destinos mais belos do mundo:

  • Na manhã seguinte, quando as cortinas da parede de vidro de uma das villas do resort, localizada no topo da encosta, deslizaram, lá estava ele: o Oceano Índico e toda sua inacreditável cor de céu. Devido ao tamanho do resort — cerca de 1,7 milhão de metros quadrados, o equivalente a quase dez campos oficiais de futebol —, só é possível se deslocar por suas dependências de buggy (após uma ligação, um motorista é capaz de aparecer na sua porta em até três minutos). Na chegada à baía de Petite Anse, a praia privada do Four Seasons, vieram as próximas constatações: areia branca, água cristalina e peixes bem próximos, digamos, do nariz. Meia hora de snorkeling é suficiente para avistar algumas das mais de mil espécies da região, entre elas, os simpáticos peixe-papagaio e peixe-borboleta.

  • No Four Seasons, o ponto alto é, literalmente, o spa. Localizado no topo da encosta, suas salas de tratamento proporcionam uma vista espetacular para a Baía de Petite Anse. A massagem, inspirada em preceitos da antiga sabedoria chinesa, começa após um lava-pés com elementos naturais encontrados na região: corais, folhas de canela e areia. Os produtos usados nos tratamentos são da marca Yi-King, feitos artesanalmente por uma empresa local.

  • O resort possui 67 acomodações, entre villas e suítes, além de 27 residências. Todos os imóveis possuem piscina de borda infinita que parece se prolongar entre a vegetação e a vista para a praia. Mas não se pode dizer que a privacidade é total. Quem passa pelas ruelas a bordo de um buggy consegue ver o chuveiro externo de algumas villas, exigindo mais cuidados por parte destes hóspedes. Um detalhe pode ser inconveniente para alguns e parte dos amenities para outros: as villas são cercadas pela mata e é impossível controlar a quantidade de lagartixas no interior das casas. Se bater o estresse por conta do pequeno lagarto, agende uma aula de ioga no topo da montanha ou treine seu swing de frente para o mar com bolinhas de golfe biodegradáveis — idênticas às tradicionais — que viram comida para os peixes.

  • Localizado entre 4 e 10 graus abaixo da Linha do Equador, o arquipélago apresenta pouca variação de temperatura durante o ano: média máxima de 31 graus e mínima de 25. Além do verão garantido e das belezas naturais, outra característica de Seychelles é a exclusividade. Em suas praias sempre há poucos banhistas — algumas delas são até mesmo desertas —, sem contar que vendedores ambulantes são proibidos por lei. O arquipélago do Índico recebe 130 mil turistas anualmente e está contente com esse número. As Ilhas Virgens Britânicas, outro destino de cobiçado mar azul e um dos mais exclusivos do Caribe, acolhe 355 mil visitantes por ano.

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  • De Mahé pode-se chegar a Praslin, a segunda maior ilha do arquipélago, com um voo de 15 minutos a bordo de uma aeronave Twin Otter, da Air Seychelles. Uma opção para quem tiver mais tempo, e quiser percorrer maior quantidade de ilhas, é alugar um iate. No entanto, a vista do fundo do mar a partir do pequeno avião é fantástica. É lá em Praslin, na reserva Vallée de Mai, onde cresce a grande joia de Seychelles: o coco de mer. O fruto esquisito, pesado e com aparência de púbis feminino é patrimônio mundial da humanidade pela Unesco. Ele não pode ser colhido, mas quando despenca naturalmente da árvore tem sua geleia extraída para a produção do Coco D’amour, um licor local com fama de afrodisíaco. Outro patrimônio da humanidade em Seychelles é Aldabra, um dos maiores atóis de corais do mundo, e morada de 150 mil tartarugas gigantes.

  • De volta a Mahé, a visita à capital Victoria, com seus três semáforos e 26 mil habitantes, pode ser rápida. O mercado Sir Selwyn Selwyn Clarke, um dos pontos turísticos, não é um passeio muito interessante para os brasileiros, pois seus principais produtos, como a banana e a manga, são nossos velhos conhecidos. Em lojas de roupa e suvenires, os artigos à venda lembram os de grandes polos de comércio popular no Brasil, só que valem preciosas rúpias, a moeda local. Talvez o mais interessante para se conhecer na cidade seja o templo hindu Kovil Sangam, com sua bela fachada repleta de símbolos religiosos. Mas não se engane: 90% da população, uma mistura de europeus, africanos e hindus, seguem a Igreja Católica Apostólica Romana. Há 5% de anglicanose uma minoria pratica o hinduísmo e o islamismo. Habitada por piratas durante o século 17, Seychelles foi ocupada por franceses em 1770 e 44 anos depois se tornou uma colônia britânica. O país só conquistou sua independência em 1976. A maior parte de seus habitantes é poliglota, sendo o crioulo, o francês e o inglês os idiomas oficiais.

Na manhã seguinte, quando as cortinas da parede de vidro de uma das villas do resort, localizada no topo da encosta, deslizaram, lá estava ele: o Oceano Índico e toda sua inacreditável cor de céu. Devido ao tamanho do resort — cerca de 1,7 milhão de metros quadrados, o equivalente a quase dez campos oficiais de futebol —, só é possível se deslocar por suas dependências de buggy (após uma ligação, um motorista é capaz de aparecer na sua porta em até três minutos). Na chegada à baía de Petite Anse, a praia privada do Four Seasons, vieram as próximas constatações: areia branca, água cristalina e peixes bem próximos, digamos, do nariz. Meia hora de snorkeling é suficiente para avistar algumas das mais de mil espécies da região, entre elas, os simpáticos peixe-papagaio e peixe-borboleta.