No dia 5 de novembro será lançado no Brasil “007 Contra Spectre”, novo filme da saga de James Bond. Melhor ou pior, é quase certo que esse filme será um sucesso, como é a maioria dos filmes de Bond – ainda que alguns mais do que outros. Uma parcela de filmes da série, como o último, “Skyfall” (2012), é unanimidade entre os críticos e fãs de cinema.
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No entanto, muitos são subestimados, o que faz com que suas qualidades não sejam notadas. A lista a seguir, em ordem de lançamento, tem um longa quase desconhecido de cada um dos principais atores que interpretaram Bond.
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Veja na galeria de fotos os cinco filmes mais subestimados do agente mais famoso do cinema:
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“007 Contra a Chantagem Atômica” (1965)
Bilheteria doméstica (EUA): US$ 63 milhões em 1965 (US$ 627 milhões hoje)
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“007 Contra a Chantagem Atômica”, maior sucesso de bilheteria de todos os tempos se os valores forem ajustados conforme a inflação, é o quarto filme da série James Bond, então interpretado por Sean Connery. Até o lançamento de O Exorcista ou de Tubarão, na década de 1970, o filme seguiu como um fenômeno inigualável.
O filme consolidou a série como uma fonte de emoções, calafrios e choros cinematográficos que cinéfilos não encontrariam em nenhum outro lugar. Hoje, no entanto, o público reconhece o filme apenas como “aquele depois de 007 Contra Goldfinger”.
O clímax, que se passa embaixo d’água, traz um James Bond muito mais proativo e cenas de ação deslumbrantes. Além disso, querendo ou não, foram ‘007 Contra a Chantagem Atômica”, de Terence Young, e “Com 007 Só se Vive Duas Vezes”, de Lewis Gilbert, que criaram o modelo de 007.
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“007 Contra o Foguete da Morte” (1979)
Bilheteria doméstica (EUA): US$ 70,3 milhões
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Independente de ter precedido o excelente “007 – O Espião que me Amava”, “007 Contra o Foguete da Morte” não merece a reputação ruim que tem.
O clímax do filme, em que James Bond, interpretado por Roger Moore, vai ao espaço e atira lasers em vilões, pode não ser o melhor de todos. Porém, consiste em cerca de 10 a 15 minutos de um total de 126 minutos do filme. O ritmo e a capacidade de entreter, além da surpreendente violência, dos 105 minutos precedentes fazem o filme valer a pena. No Brasil, há ainda o atrativo que algumas das principais cenas foram gravadas no Rio de Janeiro.
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“007 – Permissão para Matar” (1989)
Bilheteria doméstica (EUA): US$ 35 milhões (US$ 73 milhões hoje)
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A razão pela qual “007 – Permissão para Matar”, maior fiasco de bilheteria da série toda, pode ser considerado um dos filmes mais subestimados da série é que foi ele que, indiscutivelmente, definiu o modelo para os sucessos atuais de Daniel Craig como Bond. Esse foi o primeiro filme da série em que Bond tinha os traços tão característico que vemos hoje. Obviamente, a audiência da época não percebeu isso, e o lançamento não se destacou no campo dominado por “Batman”, “Indiana Jones e a Última Cruzada” e “Máquina Mortífera 2”.
A história, que segue o clássico modelo de vingança dos filmes de ação da década de 1980, é uma clara tentativa de entrar no modelo de franquias que faziam sucesso na época, como “Duro de Matar”, “Robocop” e “Máquina Mortífera”. Robert Davi faz um dos melhores vilões de 007, interpretado por Timothy Dalton, e seus objetivos como narcotraficante representam algo menor e mais real do que as clássicas ambições de dominar ou destruir o mundo.
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“007 – O Mundo Não É o Bastante” (1999)
Bilheteria doméstica (EUA): US$ 126 milhões
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A grande questão por trás de “007 – O Mundo Não é o Bastante” é o que aconteceria se James Bond se apaixonasse por uma possível conquista que, na verdade, era a vilã. Assim, surge um filme engraçado, violento e cheio de ação. Os dois melhores personagens coadjuvantes da era de Pierce Brosnan, M., de Jufi Dench, e Valentin Sukosky, de Robbie Coltrane, têm bastante tempo de ação.
O roteiro do filme tem sido amplamente imitado, de “007 – Operação Skyfall” a “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012). Há um elemento que torna esse filme um dos melhores de 007: ele é, primeiramente, um filme de ação, e só em segundo plano uma aventura 007.
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“007 – Quantum of Solace” (2008)
Bilheteria doméstica (EUA): US$ 168,3 milhões
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O estilo de “Quantum of Solace” é tão óbvio que o filme já estava marcado antes mesmo de ser lançado. A edição realmente não é das melhores, mas o filme traz uma consciência política e social jamais vista na série. Aqueles que reclamaram que o objetivo do arquivilão Mathieu Almaric de roubar água de regiões empobrecidas não era maligno o suficiente precisam rever seus privilégios. Esse é um dos poucos megassucessos de bilheteria em que o governo norte-americano é explicitamente retratado como um dos vilões.
Mesmo que a ação não seja tão clara, as perseguições de carro, a pé e os tiros oferecem encenações incríveis e um trabalho acrobático impressionante. Daniel Craig, atual 007, está em sua segunda participação.
Financeiramente falando, o filme arrecadou US$ 67 milhões no primeiro final de semana. Mas o boca a boca funcionou e as arrecadações esfriaram rapidamente, com ganhos mundiais de US$ 586 milhões, comparados aos US$ 599 milhões do “Cassino Royale” (2006).
“007 Contra a Chantagem Atômica” (1965)
Bilheteria doméstica (EUA): US$ 63 milhões em 1965 (US$ 627 milhões hoje)