Debbie Guerra, presidente da First Data Brasil, está animada com o país. “O Brasil tem várias características que o tornam extremamente atraente. Dificuldades econômicas são cíclicas e podem ser superadas”, afirma a executiva a FORBES Brasil. Desde 2012, a processadora de pagamentos investiu R$ 330 milhões em território nacional e pretende aplicar mais R$ 50 milhões até o final do ano.
“O mercado de pagamento eletrônico no Brasil apresenta taxa de crescimento anual de 17% e ainda há muitas regiões que não estão acostumadas a esse modelo”, conta a norte-americana. “Entendemos que há uma forte tendência de aumento.”
Criada há mais de 40 nos Estados Unidos, a credenciadora chegou ao Brasil em 2002, com suporte para bancos, redes varejistas e instituições financeiras. Em 2007, comprou a brasileira Check Forte e passou a oferecer serviços para companhias não bancárias, como redes de padarias e supermercados.
O portfolio está aumentando por aqui: no setor bancário, Bradesco, HSBC e Itaú estão entre os clientes. Já na área de soluções para cartões de presente pré-pagos, Walmart e Starbucks são parceiros.
Com mais de 200 funcionários, a First Data Brasil concentra seus investimentos na Bin, uma solução de pagamento eletrônico criada para o mercado brasileiro, lançada em agosto. Esse é apenas parte dos esforços para conseguir ganhar market share de concorrentes fortes como Cielo e Rede. Além disso, o dinheiro vai para dois data centers em processo de finalização, em parceria com a IBM, e um escritório em São Paulo, já inaugurado.
Debbie mostra-se otimista quanto ao futuro do país, que, de acordo com ela, deve se tornar o segundo maior mercado de cartões no mundo “em alguns anos”.
Os investimentos não irão parar. “Em breve, iremos anunciar nossa solução unificada de ponto de venda e gestão de negócios, além do serviço de pagamentos móveis”, conta a executiva. “O Brasil é nossa prioridade.”