
O Itaú Unibanco entrou com uma ação judicial nesta terça-feira (25), apresentando novas acusações contra seu ex-diretor financeiro e buscando ressarcimento por pareceres jurídicos que afirma ter pago, mas nunca recebido.
Alexsandro Broedel Lopes deixou o Itaú em 2024 e está prestes a assumir a diretoria de contabilidade do Banco Santander na Espanha.
O Itaú, o maior banco da América Latina, acusou Broedel em dezembro de violar políticas internas e de se beneficiar pessoalmente de pagamentos feitos ao consultor jurídico Eliseu Martins e a sua empresa, Care Consultores, com os quais o ex-diretor financeiro tinha uma conexão pessoal. Tanto Broedel quanto Martins negaram qualquer irregularidade.
Em janeiro, o Itaú entrou com uma ação judicial requisitando o pagamento de R$ 3,35 milhões por Broedel. Na nova ação, em que cita Martins, a Care e Broedel, o banco também afirma que seu ex-diretor financeiro, que foi para o Santander no ano passado, supostamente coescreveu um dos relatórios jurídicos encomendados pelo Itaú.
Na nova ação, o banco busca a restituição de R$ 6,64 milhões, que alega terem sido pagos de forma indevida a Martins e sua empresa, Care Consultores. Dessa quantia, o Itaú pede R$ 1,6 milhão em restituição imediata pelos pareceres alegadamente nunca entregues.
Os representantes de Broedel haviam dito anteriormente que seu cliente negava qualquer conduta irregular. Na terça-feira (25), disseram em um comunicado que Broedel ainda não havia sido oficialmente informado sobre a nova ação, acrescentando que as acusações contra ele são infundadas e sem sentido.
Em um comentário anterior sobre o futuro do executivo no banco, um porta-voz do Santander disse que “o Sr. Broedel é um executivo sênior altamente respeitado que, até julho, foi diretor financeiro do Itaú. Ele deve assumir o cargo (de diretor de contabilidade) mais tarde este ano e estamos monitorando qualquer desenvolvimento”.
Martins, por sua vez, disse em um comunicado no final do ano passado que o Itaú estava interpretando mal a situação, explicando que alguns serviços haviam sido pagos antecipadamente e que ele estava preparado para reembolsar o Itaú conforme apropriado. Martins não respondeu imediatamente a um pedido de comentário