A gigante alemã Bayer obteve hoje (21) aprovação antitruste da União Europeia para a aquisição da Monsanto por US$ 62,5 bilhões, a última de três megafusões que vai reformular a indústria agroquímica.
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O acordo deve criar uma empresa com o controle de mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas.
Impulsionada por mudança nos padrões climáticos, competição na exportação de grãos e uma economia rural global vacilante, a Dow e a Dupont, e a ChemChina e a Syngenta lideraram inicialmente a onda de consolidação no setor.
Grupos ambientalistas e de agricultura se opuseram aos três acordos, preocupados com seu poder e sua vantagem em dados de agricultura digital, que podem dizer aos agricultores como e quando plantar, semear, pulverizar, fertilizar e colher culturas com base em algoritmos.
A Comissão Europeia disse que a Bayer mitigou as preocupações ao ofertar uma série de ativos para impulsionar a rival Basf, confirmando uma notícia da Reuters de 28 de fevereiro. “Nossa decisão garante que haverá competição efetiva e inovação nos mercados de sementes, pesticidas e agricultura digital também após essa fusão”, disse Margrethe Vestager, comissária europeia, em comunicado.
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A China já deu aprovação condicional ao acordo da Bayer e da Monsanto, que também ganhou luz verde no Brasil. Atualmente, o negócio está sendo revisado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos e da Rússia.