A Boeing não vai recorrer contra a decisão da comissão de comércio dos Estados Unidos que permite que a canadense Bombardier venda seus mais novos jatos para empresas aéreas norte-americanas, sem pesadas tarifas, disse um porta-voz da Boeing ontem (22).
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Uma autoridade do governo canadense, que falou na condição de anonimato, afirmou que a decisão da Boeing era “boa notícia”.
A Comissão Internacional de Comércio dos EUA (ITC, na sigla em inglês) votou de forma unânime em janeiro para rejeitar a queixa da Boeing e descartou uma recomendação do Departamento de Comércio de impor uma taxa de quase 300% por cinco anos sobre as vendas de aviões CSeries de 110 a 130 lugares da Bombardier.
A expectativa inicial era de que a comissão apoiasse a Boeing, que acusava a Bombardier de praticar dumping nos aviões ou vendê-los abaixo do custo no mercado dos EUA. No entanto, o órgão informou que rejeitou a imposição de tarifas aos aviões da Bombardier em parte porque a Boeing não perdeu vendas ou receita quando a Delta Air Lines encomendou a aeronave com a canadense em 2016.
Em sua decisão, a Comissão determinou que o CSeries de 110 lugares encomendado pela Delta e o avião menor da Boeing 737 MAX 7 não competem.
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O porta-voz da Boeing não apresentou mais detalhes sobre a decisão de não apresentar recurso.
Não ficou claro como a decisão da Boeing vai impactar o relacionamento da fabricante de aviões com o governo canadense, que está mantendo uma concorrência por jatos militares avaliada entre 15 bilhões e 19 bilhões de dólares canadenses.