As concessionárias de veículos elevaram hoje (03) suas projeções de vendas de novos veículos este ano, estimando crescimento de 15,2% nos licenciamentos de carros e comerciais leves e de 13,9% para o segmento de caminhões e ônibus.
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A expectativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é que as vendas de carros e comerciais leves novos somem 2,5 milhões este ano, ante expectativa divulgada em janeiro de 2,43 milhões de unidades.
Já a previsão para caminhões e ônibus é de 76,5 mil unidades ante projeção de janeiro de 72,9 mil.
As estimativas foram revistas depois que as vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus subiram 32,2% em março ante fevereiro e 9,7% ante março de 2017, para 207.379 veículos.
O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, afirmou que o comportamento das vendas de março “nos motivou a rever as projeções”. Segundo ele, a média diária de vendas de março foi de 13,6 mil veículos ante nível de 11 mil um ano antes. No trimestre, a venda diária foi de 7,8 mil veículos.
“A recuperação está ocorrendo de maneira gradual… Temos constatado mais confiança nos consumidores e menor inadimplência”, disse o presidente da Fenabrave a jornalistas. Entre os motivos para o otimismo da entidade está o primeiro trimestre com crescimento nas vendas de motocicletas desde 2011 e também forte expansão nas vendas de caminhões.
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No caso de motos, os dados da Fenabrave indicam volta ao crescimento do segmento de baixa cilindrada, muito utilizado por profissionais de entrega de encomendas nos grandes centros. Segundo o vice-presidente Carlos Porto, a cada dez pedidos de financiamento de motocicleta apenas dois são aceitos pelos bancos. Mas é uma situação melhor que há um ano, quando o índice de aprovação era de 1,2.
“O emprego (formal) não voltou, mas está havendo um crescimento no emprego informal e as pessoas voltaram a procurar moto, além disso, os bancos estão mais maleáveis”, disse Porto, afirmando que o crescimento dos licenciamentos de motocicletas por ora está mais concentrado nas regiões Sul e Sudeste do país.
Já no segmento de caminhões, o presidente da Fenabrave chegou a comentar que é possível que as montadoras encontrem dificuldades em abastecer o mercado de pesados e extrapesados até o final do ano diante de uma conjunção de fatores que incluem manutenção de safra agrícola forte e limitações na capacidade produtiva de fornecedores de autopeças. Assumpção Júnior citou que mercados europeu e norte-americano de caminhões estão com demanda muito elevada e que as fábricas no Brasil dependem de muitos componentes que são importados de fornecedores em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, o que pode dificultar a oferta dessas peças no Brasil.
Segundo o vice-presidente da Fenabrave para o setor de caminhões, Sérgio Zonta, as montadoras, muitas ainda trabalhando com apenas um turno de trabalho, estão com a produção de pesados e extrapesados, modelos com capacidade para mais de 30 toneladas, toda vendida até setembro. Ele comentou ainda que este ano transportadores iniciaram renovação de suas frotas de caminhões pesados e extrapesados e que os juros em queda estão ajudando a impulsionar as vendas no país.
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“A cada cinco anos o caminhão acumula 1 milhão de quilômetros rodados e quando chega nesse ponto a transportadora tem que trocar para não elevar custos de manutenção. O último grande ciclo de compras ocorreu em 2013.”
No primeiro trimestre, as vendas de caminhões novos no Brasil subiram 51,7% sobre um ano antes, para 14,7 mil unidades. As vendas de ônibus subiram 40%, para 3,5 mil.