O Credit Suisse, segundo maior banco suíço, reportou hoje (25) seu melhor resultado trimestral desde que o presidente-executivo, Tidjane Thiam, lançou seu plano de reestruturação em 2016, impulsionado pelo negócio de gestão de fortunas.
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O resultado mostrou que banco está ganhando com o plano de três anos de Thiam, de voltar as atenções para gestão de fortunas em vez de banco de investimento e acordos em casos legais.
A entrada líquida de dinheiro novo – um indicador acompanhado de perto para lucros futuros em gestão de fortunas – somou 14,4 bilhões de francos (US$ 14,6 bilhões) em suas três divisões de gestão de riqueza, o maior patamar em sete anos.
“Com esse resultado do primeiro trimestre, nós tivemos um bom início em nosso terceiro e último ano de reestruturação e estamos olhando para o futuro com confiança em nosso modelo de negócios e nossas capacidades de execução”, disse Thiam em um comunicado.
As ações do banco subiram 3,55%, a 16,78 francos (US$ 17,11). O papel ainda é negociado abaixo do patamar de quando Thiam assumiu o comando, mas tem se recuperado de maneira consistente dos 9,4 francos (US$ 9,5) de meados de 2016.
“As expectativas de mercado não são particularmente exigentes e, em nossa visão, serão revisadas cada vez que o banco provar colher frutos de todas as medidas de auto-ajuda”, disse o analista da Baader Helvea, Tomasz Grzelak, em um comunicado.
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Os ganhos no negócio central do Credit Suisse vieram em meio a um aumento na volatilidade do mercado e uma desaceleração em acordos corporativos.
Thiam disse que a necessidade de recomendação aumentou sensivelmente entre seus clientes de private banking, que buscaram mais contato com seus gerentes de relacionamento conforme o banco ajudava famílias ricas a diversificar seus ativos.
Confirmando suas metas para 2018, a instituição destacou períodos de volatilidade em meio a incertezas geopolíticas, tensões de comércio global e aperto de política monetária.
As receitas do Credit Suisse caíram 8% em sua divisão de bancos de investimento e mercado de capitais, mas o banco informou que tem uma forte fila de acordos prospectivos que permanecem “dependentes de condições construtivas de mercado”.
O lucro em sua divisão de operação de mercados globais, que tem sido o foco dos cortes de Thiam e a fonte de bilhões de dólares em prejuízo nos últimos anos, subiu para 295 milhões de francos (US$ 300 milhões). Thiam alertou para uma desaceleração nas receitas da divisão desde a forte queda nos mercados acionários, em meados de fevereiro.