A Raízen Combustíveis, joint venture formada entre Cosan e Shell, assinou contrato para aquisição da totalidade do negócio de downstream da Shell na Argentina, em um acordo que totaliza US$ 950 milhões e que deve ser concluído no segundo semestre deste ano.
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A aquisição pela Raízen, antecipada pela Reuters em agosto do ano passado, envolve 100% das ações de emissão da Shell Compañía Argentina de Petróleo e da Energina Compañía Argentina de Petróleo, abarcando os negócios de refino de petróleo, distribuição de combustíveis e operação de postos revendedores, entre outros.
De acordo com a Raízen, a operação de downstream da Shell na Argentina conta com uma refinaria e uma rede de 645 postos de combustíveis com venda de aproximadamente 6 bilhões de litros por ano, o que lhe confere o segundo lugar no mercado, com aproximadamente 20% de participação, entre outros ativos.
As companhias adquiridas registraram receitas líquidas de US$ 3,3 bilhões (proforma considerando os negócios adquiridos) no ano fiscal terminado em dezembro de 2017.
“Esta transação representa uma oportunidade importante de crescimento para a Raízen, ampliando e replicando seu modelo de sucesso implementado no Brasil. A transação também fortalece o negócio das companhias adquiridas, além de permitir sinergias operacionais, financeiras e de marketing”, destacou a empresa, acrescentando que a Shell continuará presente no mercado argentino como acionista da Raízen.
Ainda segundo a joint venture entre Cosan e Shell, o valor da compra “assume que as companhias adquiridas não possuem endividamento e está sujeito a ajustes de variações de capital de giro e pelo montante de dívida líquida no fechamento”.
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A expectativa é de que, após a Raízen assumir o negócio da Shell na Argentina, sejam celebrados diversos contratos com empresas do Grupo Shell, em condições de mercado, incluindo um acordo de suprimento para importação de hidrocarbonetos e a licença da marca Shell na Argentina.
A Raízen projeta uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) potencial de US$ 250 milhões no primeiro ano depois da compra dos ativos da Shell na Argentina.