O presidente-executivo da Telecom Italia, Amos Genish, disse ontem (17) que tem apoio total do conselho de administração da companhia para colocar em andamento seu plano de desenvolvimento de três anos e que as propostas apresentadas pelo fundo Elliott não estão sendo discutidas.
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O fundo ficou com o controle do conselho de administração da companhia italiana depois de superar a maior acionista Vivendi em uma assembleia de investidores realizada neste mês.
Além da reformulação do conselho de administração da empresa que controla a TIM no Brasil, o fundo propôs uma separação ou venda parcial da companhia de infraestrutura de rede a ser criada pela Telecom Italia. O Elliott também propôs uma conversão de ações preferenciais, retorno de pagamento de dividendos e vendas de ativos.
Mas, recentemente, o fundo afirmou que compete ao novo conselho de administração da Telecom Italia decidir se e quando executar tais propostas.
“Está claro que [o apoio do conselho] existe e eu me sinto muito confortável em avançar com o que precisa ser feito”, disse Genish, que já foi presidente da Telefônica Brasil, a analistas. “Estou aqui para o longo prazo.”
Genish afirma que sua permanência na Telecom Italia é condicionada à execução de seu plano de três anos lançado em março e que se foca em uma transformação digital da companhia, recuperação de suas finanças e retorno ao grau de investimento.
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Ele excluiu qualquer venda da TIM e acrescentou que o processo de consolidação no Brasil precisa ser “avaliado com cuidado” para não colocar em risco a recuperação da operadora e a geração de caixa. “Todos estão convencidos de que a TIM como companhia isolada é um ativo lucrativo que está indo extremamente bem”, disse Genish.