A Berkshire Hathaway encerrou hoje (5) mais de um ano de queda no lucro operacional, enquanto uma nova regra contábil fez com que o conglomerado comandado por Warren Buffett sofresse um prejuízo líquido.
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Os resultados foram divulgados no mesmo dia em que a Berkshire realiza sua reunião anual em Omaha, Nebraska, onde Buffett, de 87 anos, e o vice-presidente Charlie Munger, de 94, responderão a cinco horas de perguntas de acionistas, jornalistas e analistas.
O lucro operacional subiu 49%, para US$ 5,29 bilhões, ou cerca de US$ 3,215 por ação Classe A, ante US$ 3,56 bilhões, ou US$ 2,163 por ação, um ano antes, informou a Berkshire.
O prejuízo líquido foi de US$ 1,14 bilhão, ou US$ 692 por ação, em comparação ao lucro líquido de US$ 4,06 bilhões, ou US$ 2,469 por ação no ano anterior.
Analistas, em média, esperavam lucro operacional de cerca de US$ 3,116 por ação Classe A, de acordo com a Thomson Reuters.
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O lucro operacional dos mais de 90 negócios da Berkshire havia caído por cinco trimestres consecutivos, em grande parte devido ao desempenho decepcionante da área de seguros, incluindo perdas ligadas a furacões.
O resultado divulgado hoje também encerrou um período de oito meses em que os resultados operacionais ficaram aquém das previsões de Wall Street.
A mudança contábil exigiu que a Berkshire reportasse perdas não realizadas de US$ 6,2 bilhões em sua carteira de ações negociáveis, que totalizavam US$ 170,5 bilhões no final do ano, independentemente de se a empresa planejava vender essas ações.
Buffett chamou a nova regra de “pesadelo” que produziria “oscilações realmente selvagens e caprichosas” nos resultados financeiros que, dependendo da direção, poderiam assustar ou estimular desnecessariamente os investidores.