O BNDES teve lucro líquido de R$ 2,06 bilhões no primeiro trimestre, valor mais que cinco vezes maior do que o resultado positivo de R$ 373 milhões obtido um ano antes, afirmou hoje (14) o banco de fomento.
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O resultado foi ancorado pela reversão de despesa de provisão para risco de crédito e por venda de participações societárias detidas pela BNDESPar.
“A expectativa é de melhora na economia, melhora da saúde financeira das empresas e, aí, o nosso provisionamento foi reduzido”, disse a jornalistas o superintendente de gestão de risco do BNDES, Maurício Chacur.
No primeiro trimestre do ano passado, o BNDES registrou R$ 3,3 bilhões em provisões para perdas com inadimplência, um salto de 279% sobre a mesma etapa de 2016. Na ocasião, executivos do banco citaram que a elevação “refletiu a percepção de piora acentuada de alguns clientes”.
No primeiro trimestre, o BNDES captou R$ 831 milhões com vendas de participações societárias. O principal desinvestimento pela BNDESpar foram ações da Petrobras, que foi responsável por mais de 90% do resultado com alienações. Com isso, a participação do BNDES na petrolífera caiu de 16,54% para 15,98%.
“Temos uma questão regulatória de reduzir exposição pelo banco que vai mediando sua carteira sob sua perspectiva de retorno e achamos que ali tinha uma perspectiva de uma parcela de retorno”, disse o diretor de compliance do BNDES, Marcelo Siqueira.
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A inadimplência do BNDES em operações vencidas há mais de 30 dias subiu no primeiro trimestre para 2,24% ante 2,12% no final de dezembro. Já a inadimplência de mais de 90 dias baixou para 1,62% ante 2,08% no mesmo período.
Segundo os diretores do BNDES, a maior parte do aumento da inadimplência de curto prazo do banco no primeiro trimestre foi gerada pelo Estado do Rio de Janeiro, cujos créditos estão sendo honrados pela União. Sem o Estado, a inadimplência de mais de 30 dias do BNDES baixaria de 2,24% para 0,98% e o percentual de calotes de mais de 90 dias cairia para 0,36%