A Cambridge Analytica, consultoria política no centro do escândalo de privacidade do Facebook, registrou hoje (18), nos Estados Unidos, o pedido de falência.
LEIA MAIS: Cambridge Analytica e SCL Elections anunciam falência
Em março, vieram à tona alegações de que a Cambridge Analytica, contratada pela campanha eleitoral à presidência de Donald Trump em 2016, usou indevidamente dados de 87 milhões de usuários do Facebook desde 2014.
A empresa e sua controladora britânica SCL Elections Ltd disseram anteriormente que fechariam imediatamente e começariam os procedimentos de falência depois de uma forte queda nos negócios.
A petição para registrar o pedido de falência foi submetida à Corte de Falências Distrito Sul de Nova York e assinada em nome do conselho de administração da Cambridge Analytica por Rebekah e Jennifer Mercer, filhas do bilionário Robert Mercer.
A família Mercer foi uma das maiores doadoras para a campanha de Trump.
A Cambridge Analytica LLC listou ativos na faixa entre US$ 100.001 e US$ 500 mil e passivos entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões.
LEIA MAIS: Presidente da Cambridge Analytica confessa influência em eleições dos EUA
Com sede em Londres, a Cambridge Analytica foi criada em 2013 inicialmente com foco nas eleições dos Estados Unidos, com apoio de US$ 15 milhões da Mercer e um nome escolhido pelo ex-conselheiro de Trump na Casa Branca, Steve Bannon, de acordo com uma reportagem do “New York Times”.
O Facebook enfrentou múltiplas investigações nos Estados Unidos e na Europa sobre o tratamento de dados pessoais de usuários, prejudicando as ações da empresa liderada por Mark Zuckerberg.
O Facebook disse na segunda-feira (14) que suspendeu cerca de 200 aplicativos na primeira etapa de sua revisão de apps que tiveram acesso a uma grande quantidade de dados de usuários antes que a empresa restringisse o acesso.