O cofundador do WhatsApp, Jan Koum, anunciou ontem (30) que está deixando a companhia. A saída é uma perda de um dos mais fortes defensores do direito à privacidade dentro do Facebook, que controla o aplicativo de comunicação.
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A saída de Koum acontece depois de um embate com o Facebook sobre a estratégia para o WhatsApp e as tentativas da rede social para usar dados pessoais e enfraquecer o sistema de criptografia que protege as mensagens que circulam pela plataforma, publicou o jornal “Washington Post”.
“Faz quase uma década desde que Brian e eu começamos o WhatsApp e tem sido uma jornada incrível com algumas das melhores pessoas”, disse Koum, presidente-executivo do WhatsApp, em mensagem em sua página no Facebook. Ele se referiu ao outro cofundador do aplicativo, Brian Acton.
“Mas chegou o tempo para eu seguir em frente”. Ele não deu data de saída da empresa e não pôde ser contatado de imediato.
Acton deixou o WhatsApp em setembro para começar uma fundação, depois de passar oito anos na companhia.
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O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, comentou a mensagem de Koum, agradecendo os ensinamentos dele sobre encriptação “e sua capacidade de tomar poder de sistemas centralizados e colocá-lo nas mãos das pessoas. Estes valores sempre estarão no coração do WhatsApp”.
Acton e Koum, um imigrante ucraniano, fundaram o WhatsApp em 2009. O Facebook comprou o aplicativo em 2014 por US$ 19 bilhões em dinheiro e ações.