Os Correios tiveram lucro de R$ 667 milhões em 2017, revertendo prejuízo de R$ 1,48 bilhão em 2016, um desempenho que, para o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afasta as discussões sobre a privatização da estatal.
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“Dois anos atrás, no começo da nossa gestão, era praticamente certo o início de um processo de privatização dos Correios. Com o tempo, nós mostramos que a empresa pode ser saudável”, disse o ministro, acrescentando que vê um caminho de crescimento à frente para a companhia.
O resultado foi o primeiro positivo para a estatal desde 2013, e mostra a “superação da grave crise apresentada nos últimos anos”, disse a empresa em comunicado, creditando o desempenho à revisão dos contratos e do custeio do plano de saúde, racionalização de despesas com pessoal e otimização da rede de atendimentos.
Os números foram apresentados pelo presidente da empresa, Carlos Fortner, e pelo ministro Gilberto Kassab em audiência na Câmara dos Deputados hoje (9).
Questionado sobre o possível fechamento de agências e demissão de funcionários, o presidente da estatal afirmou que há um projeto de redesenho das unidades de atendimento, que pode envolver demissões e/ou fechamento de agências até 2022.
Contudo, o plano não tem data para ser lançado e no processo a empresa deve ganhar 2 mil pontos de atendimento, disse.
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Apesar do resultado positivo, Fortner acredita que a capacidade de investimento da estatal somente será recuperado dentro de dois ou três anos. “Eu não tenho mais capacidade de investimento hoje, mas eu estou recuperando. A virada foi dada”, afirmou.