A administradora de shopping centers Iguatemi informou hoje (8) lucro líquido de R$ 58,1 milhões para o primeiro trimestre, alta de 14,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com a primeira redução de descontos aos lojistas desde 2015.
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As vendas totais subiram 2,2% nos três primeiros meses do ano, para R$ 3 bilhões, movimento creditado à estratégia de concentrar esforços em ativos de qualidade bem localizados, destinados ao público A e B.
Na mesma base de comparação, as vendas em mesmas áreas subiram também 2,2%, enquanto as vendas em mesmas lojas tiveram alta de 1,1%. Os aluguéis em mesmas áreas e em mesmas lojas subiram 4,3% e 2,8%, respectivamente.
Para a diretora financeira da Iguatemi, Cristina Betts, os números de expansão mostrados no primeiro trimestre não foram ruins, mas foram “um pouco mais tímidos”, em meio a um crescimento econômico mais lento do que o esperado.
Entretanto, a executiva destaca que, apesar de desafiador, o primeiro trimestre teve marcos importantes, como o início do processo de redução de descontos aos lojistas. “É um sinal positivo porque mostra que o lojista já aguenta [a redução do desconto]”, disse a executiva, acrescentando que o movimento tende a ser mantido conforme as vendas ficam mais fortes e os lojistas mostrem mais resiliência.
A receita líquida da empresa somou R$ 168,5 milhões de janeiro a março, alta de 0,7% em base anual.
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Já a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou praticamente estável, em R$ 125,78 milhões. A margem Ebitda recuou 0,5%, para 74,7%.
A dívida total da empresa caiu 8,8% na comparação anual, enquanto a dívida líquida diminuiu 4,3%, para R$ 1,5 bilhão. Com isso, a relação dívida líquida sobre o Ebitda foi de 2,84 vezes ao final do primeiro trimestre, ante 2,96 vezes ao final de dezembro.
Os três primeiros meses do ano mostraram ainda aumento de 9% nos custos e despesas consolidados, refletindo principalmente o aumento no quadro de funcionários e o pagamento de bônus.
Segundo a executiva, o aumento no quadro foi de cerca de 3% a 4%, mas em cargos mais altos, para adequar o perfil da diretoria aos objetivos da empresa.