As vendas no varejo no país ampliaram a queda fortemente nos últimos dias em meio ao agravamento dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, afirmou à Reuters ontem (28) um executivo da empresa de meios de pagamentos Cielo.
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Segundo dados do ICVA, índice da companhia que mede a atividade do varejo, o faturamento do varejo no sábado (26) caiu 20% ante data comparável do ano passado. No domingo (27), a queda foi de 28%. As maiores quedas foram nas regiões Sul e Sudeste do país, com recuos de 37 e 29% no domingo (27).
Segundo o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, apesar das dúvidas em relação aos desdobramentos da paralisação nos próximos dias, já é possível apontar um recuo do setor ante maio do ano passado. “Provavelmente vai ter uma desaceleração”, disse o executivo.
O setor mais atingido foi naturalmente o de postos de combustíveis. Entre terça (22) e quinta-feira (24), o setor teve um pico de faturamento, com altas de cerca de 30% em relação a datas comparáveis do ano passado, com pessoas correndo aos postos para encher o tanque de seus veículos. “Mas esse efeito já foi mais do que compensado pela queda forte a partir de sexta-feira (25), com o esvaziamento dos postos”, disse Mariotto.
Um movimento parecido de menor intensidade vem acontecendo em outras áreas, como os supermercados e estabelecimentos que comercializam alimentos, como restaurantes, disse ele.
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Uma das poucas exceções, por enquanto, é o setor de farmácias e drogarias, que aparentemente ainda não acusou os efeitos da paralisação dos caminhoneiros, concluiu.