O Banco do Brasil anunciou ontem (15) que elevou sua participação no Banco Patagonia para 80,38%, após três acionistas minoritários do banco argentino terem exercido opção de vender para a instituição brasileira a fatia conjunta equivalente a 21,42% no negócio.
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Em fato relevante, o BB afirmou ter sido notificado que os acionistas Jorge Guillermo Stuart Milne, Ricardo Alberto Stuart Milne e Emilio Carlos González Moreno exerceram a opção de venda de suas fatias no Banco Patagonia para o banco brasileiro.
O preço de exercício da opção de venda é de US$ 1,314 por ação, somando um total de US$ 202,375 milhões.
O BB afirmou que o reconhecimento da nova participação do Banco Patagonia em seu balanço, o índice de capital principal, terá queda de 12 pontos base. Esse índice fechou março em 9,8%.
A operação depende de aprovações dos Bancos Centrais do Brasil e da Argentina.
Segundo uma fonte, os três acionistas vendedores fazem parte da família de quem o BB comprou uma fatia de 51% do Banco Patagonia em abril de 2010, por US$ 479,6 milhões. Esses acionistas tinham direito a exercer opção de venda ao BB, e decidiram agora exercê-la.
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A compra do controle do Banco Patagonia ocorreu dentro de um período em que o BB planejava expansão internacional, incluindo bases nos Estados Unidos, em Portugal e no continente africano.
Anos depois, a orientação do controlador, o governo federal, mudou e a campanha de expansão fora do país foi interrompida.
Nos últimos anos, informações sobre o futuro da participação do BB no banco argentino têm sido frequentes no noticiário, incluindo eventual venda do controle a um investidor estratégico ou de parte das ações numa oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), hipótese que tem sido reiterada pelo presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli.