O ex-prefeito da cidade de Nova York Michael Bloomberg, frequente crítico do presidente republicano Donald Trump, pretende gastar US$ 80 milhões para ajudar candidatos democratas nas eleições legislativas norte-americanas de novembro, publicou ontem (20) o “New York Times”.
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O jornal relatou que Bloomberg, um político independente, orientou assessores para gastarem o dinheiro a fim de tirar republicanos do poder. Os republicanos controlam a Casa Branca, o Senado e a Câmara dos Deputados.
“Eu nunca pensei que o público está bem servido quando um partido está inteiramente fora do poder, e acho que o último ano e meio tem sido evidência disto”, disse Bloomberg à Reuters em comunicado, que não confirmava o valor em dólares.
Bloomberg, atualmente com US$ 51,9 na lista de bilionários da FORBES, encarregou um ex-diretor-executivo do Comitê Democrata de campanhas legislativas, dedicado a eleger democratas à Câmara, de supervisionar o fluxo de dinheiro. Bloomberg endossou a candidata democrata Hillary Clinton contra Trump na eleição presidencial de 2016.
Bloomberg gastou parte de sua fortuna, acumulada a partir de seu império midiático de mesmo nome, para promover o controle de armas. Ele fundou o grupo Everytown for Gun Safety em 2014 para alterar leis federais em resposta ao ataque a tiros na escola Sandy Hook, em dezembro de 2012, em Connecticut.
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Suas doações políticas há tempos cruzam linhas partidárias, guiadas por seu foco em controle de armas e “medidas ambientais e de reforma imigratória”, disse em comunicado.
“Para ser claro: Eu tenho muitas discordâncias com alguns democratas, especialmente aqueles que buscam transformar essa eleição em algo sobre impeachment. Nada poderia ser mais irresponsável”, disse Bloomberg numa aparente referência ao também bilionário Tom Steyer, que está conduzindo um ataque midiático para remover Trump do poder.
“Mas eu acredito que ‘Nós, o Povo’ não podemos nos dar ao luxo de eleger outro Congresso que não tem a coragem de atravessar o corredor e a independência de reivindicar sua autoridade constitucional”, disse Bloomberg.