O mercado de educação básica no Brasil ainda oferece muitas oportunidades a grupos de private equity e o sucesso dos investimentos dependerá, cada vez mais, da capacidade de integração dos ativos adquiridos, disse hoje (5) o diretor da Warburg Pincus do Brasil, Henrique Muramoto.
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Em agosto passado, a gestora norte-americana de private equity adquiriu uma participação minoritária relevante na Eleva Educação, que atualmente conta com uma base total de 52 mil alunos e 4.300 funcionários em sete grandes redes de escolas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
De acordo com Muramoto, o mercado de educação básica no país movimenta cerca de R$ 60 bilhões e ainda é bastante fragmentado. “Além disso, tem pouca dependência do governo, com menos complexidade regulatória e pouco profissionalizado em gestão”, disse.
No caso da Eleva, a estratégia, por enquanto, é de expansão regional em mercados onde se tem marca forte. “Tem muito espaço para consolidação mas, por enquanto, nosso foco ainda é uma expansão regional… Adensar cidades e adensar Estados onde se tem marca forte é a nossa estratégia”, afirmou.
No longo prazo, contudo, ele vê potencial para expansão de marcas fortes em nível nacional. “A questão nacional está no radar das principais redes no longuíssimo prazo”, comentou o diretor da Warburg Pincus no Brasil.
Questionado sobre a aquisição da Somos Educação pela Kroton Educacional por R$ 4,6 bilhões no fim de abril, Muramoto disse que o aumento da concorrência no segmento de ensino básico ainda não preocupa. “É mais um grupo grande com bastante capital entrando no setor, mas já tínhamos um concorrente bastante competente antes e haverá outros com certeza”, afirmou.
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Segundo ele, o principal diferencial dos grupos que atuam neste mercado será a integração dos ativos. “O setor é tão fragmentado que nos preocupamos menos com competição e mais em integrar bem as aquisições”, disse, acrescentando que por ora não há planos de investir em outros grupos além da Eleva.