A japonesa Fujifilm Holdings informou hoje (7) que pode não ter escolha a não ser abandonar a fusão de US$ 6,1 bilhões com a Xerox se não houver progresso nas negociações com o novo conselho de administração da empresa norte-americana por cerca de meio ano.
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“Eu não tenho um prazo específico em mente mas, normalmente, seria de alguns meses a seis meses. Se nós não tivermos nada até lá, isso não poderá ser evitado”, disse o presidente-executivo Shigetaka Komori em seu primeiro encontro com a imprensa desde que a Xerox desmantelou seu acordo de fusão.
Uma porta-voz posteriormente esclareceu que ele quis dizer que a Fujifilm poderia encerrar negociações sobre fusão.
Um porta-voz da Xerox não foi localizado para comentar o assunto.
As duas empresas acertaram em janeiro um acordo complexo que fundiria a Xerox à empesa asiática de 56 anos Fuji Xerox, na qual a segunda teria o controle, com uma participação de 50,1%.
No entanto, a Xerox desmantelou o negócio no mês passado com um acordo com os investidores ativos Carl Icahn e Darwin Deason, que se opuseram à aquisição pela Fujifilm, dizendo que isso desvalorizava a empresa norte-americana.
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A Fuji Xerox, detida 75% pela Fujifilm, pode crescer sozinha, mas a Xerox depende da Fuji Xerox para produzir quase todas as máquinas copiadoras dos Estados Unidos, disse Komori.
Sob o acordo atual de joint venture, a Fuji Xerox está voltada para a região Ásia Pacífico – área com o maior crescimento potencial – enquanto a Xerox cobre o restante. Os termos sobre cobertura regional vencem em março de 2021.
Icahn e Deason, que juntos detêm cerca de 15% da Xerox, tinham dito que consideravam uma oferta totalmente em dinheiro de, pelo menos, US$ 40 por ação.
A Fujifilm disse que o negócio acertado anteriormente avaliava a Xerox em US$ 8,6 bilhões, ou um prêmio de 8% sobre o preço médio da ação da Xerox, de US$ 29,7, ao longo de um mês antes do acordo ser anunciado. Mas o valor seria maior se a empresa se beneficiasse de um montante estimado de US$ 1,7 bilhão em sinergias incluído.
Komori disse que a Fujifilm “não se opõe a considerar qualquer proposta do novo conselho de administração da Xerox se for benéfica para as duas empresas”, mas que o valor US$ 40 almejados por Icahn e Deason é “muito alto”.
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O prêmio típico oferecido em acordos para aquisição é de 30%, mas isso não seria possível neste caso, disse o executivo. “Nós podemos conseguir recursos, mas muitos acionistas estão demandando que esse dinheiro deveria ser usado em negócios de saúde”, disse ele.
O setor de fotocópias responde por cerca de metade da receita da Fujifilm e do lucro operacional. A empresa busca crescer, no entanto, por meio de aquisição de negócios envolvidos em medicina regenerativa e farmacêuticos.
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