A gigante chinesa de telecomunicações ZTE propôs um plano de financiamento de US$ 10,7 bilhões e nomeou oito membros do conselho em uma drástica mudança administrativa, com o objetivo de reconstruir um negócio abalado pela decisão dos Estados Unidos de proibir o fornecimento de componentes para a empresa.
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A notícia, anunciada na noite de ontem (13), indica que a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicações da China está trabalhando para atender às condições estabelecidas pelos EUA para que possa retomar negócios com fornecedores norte-americanos, que fornecem cerca de 25% a 30% dos componentes usados nos equipamentos da ZTE.
Os EUA estabeleceram a proibição por um período de oito anos em abril, depois que a companhia violou um acordo para disciplinar os executivos que conspiraram para burlar sanções do país contra o Irã e a Coreia do Norte.
A ZTE concordou, na semana passada, em pagar uma multa de US$ 1 bilhão ao governo dos EUA. A proibição, no entanto, não será suspensa até que a ZTE pague a multa e coloque outros US$ 400 milhões em uma conta de depósito em um banco norte-americano por 10 anos.
A companhia chinesa também recebeu ordens para revisar radicalmente sua administração e contratar um coordenador de conformidade especial indicado pelos EUA.
Como parte de seu acordo com os EUA, a ZTE precisa substituir seu conselho de 14 pessoas e demitir todos as lideranças no nível ou acima de vice-presidente sênior juntamente com quaisquer executivos ou funcionários ligados ao delito.