Após saltar quase 1% ontem (2), o dólar fechou em queda hoje (3) e abaixo do patamar de R$ 3,90, com a cena externa um pouco mais tranquila mas com o mercado sob a expectativa de que o Banco Central pode voltar a fazer intervenções extraordinárias.
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O dólar recuou 0,40%, a R$ 3,8954 na venda, depois de ir a R$ 3,9111 no pregão passado e ter registrado valorização por cinco meses seguidos de mais de 20%.
O dólar futuro cedia cerca de 0,50% no final da tarde.
“O tema da guerra comercial seguirá presente ao longo da semana”, escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório, referindo-se ao prazo de 6 de julho em que o Estados Unidos pretendem impor tarifas sobre os US$ 34 bilhões em bens da China, o que deve desencadear retaliação.
Neste pregão, os mercados globais respiraram um pouco mais aliviados após o banco central da China informar que está observando de perto as flutuações no câmbio e que buscará manter o iuan estável e a um nível razoável.
Além disso, a cena política na Alemanha ajudou a tirar pressão sobre os mercados financeiros, depois que os conservadores da chanceler alemã Angela Merkel chegaram a um acordo sobre imigração e deram algum alívio aos investidores que enfrentam uma série de preocupações políticas.
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O dólar recuava cerca de 0,55% sobre uma cesta de moedas e também frente a moedas de países emergentes, como o peso chileno.
Os mercados financeiros norte-americanos fecharam mais cedo neste pregão devido ao feriado pelo Dia da Independência, amanhã (4), limitando o volume financeiro em outras praças.
Internamente, os investidores continuaram atentos à cena política, a poucos meses da eleição presidencial de outubro e ainda marcada por muitas incertezas, e às atuações do BC.
Neste pregão, a autoridade monetária apenas ofertou e vendeu integralmente o lote de até 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 1,4 bilhão do total de US$ 14,023 bilhões que vence no próximo mês.
Como fez nos últimos pregões, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para esta sessão, apesar de toda a recente pressão que o mercado tem colocado sobre o dólar.