O Blackstone Group, maior gestor de ativos como capital privado e imóveis do mundo, está dando início a um “super ciclo” em que pode chegar a gerir mais de US$ 500 bilhões em ativos, disse hoje (19) o presidente-executivo, Stephen Schwarzman.
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A Blackstone enfrentou questionamentos de investidores nos últimos anos sobre quanto mais poderia crescer depois de aumentar os ativos sob gestão cinco vezes desde que se tornou uma empresa listada em 2007, acumulando US$ 439,4 bilhões até o fim de junho.
Isso deixou a empresa com US$ 88 bilhões em capital não investido, mas a Blackstone ainda planeja começar a levantar novos fundos de capital privado e imobiliários nos próximos meses, disse Schwarzman.
“Nós esperamos que o nosso super ciclo de captação de recursos coloque os ativos totais da empresa sob administração acima do marco de US$ 500 bilhões, provavelmente no primeiro semestre do ano que vem”, disse Schwarzman em uma conferência com investidores.
O diretor financeiro da Blackstone, Michael Chae, disse que a empresa pode acumular cerca de US$ 300 bilhões em capital de novos fundos entre 2017 e 2019.
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Uma base crescente de ativos irá impulsionar o volume de ganhos da Blackstone com as taxas de administração, tipicamente de 1,5% a 2% dos ativos que administra. Essas taxas tendem a ser avaliadas a um prêmio pelos investidores porque são consideradas mais estáveis do que as taxas de desempenho, outro fluxo principal de receita da Blackstone. A companhia recebe honorários de desempenho quando os investimentos são bem-sucedidos.
No geral, a Blackstone divulgou uma queda de 10% nos resultados distribuíveis a acionistas, já que as vendas de ativos diminuíram mesmo quando muitos de seus fundos se valorizaram muito mais do que o mercado de ações.
O lucro líquido econômico por unidade, que reflete a avaliação de marcação a mercado de ganhos ou perdas no portfólio da Blackstone, subiu 55%, para US$ 0,90, ante US$ 0,58 há um ano. Analistas esperavam US$ 0,75, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.