A Embraer “não vai valer muita coisa” em alguns anos se a empresa não fizer uma aliança com a Boeing, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, hoje (12) à Reuters.
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Na segunda ocasião em que defende o negócio da Embraer com a Boeing anunciado na semana passada, Oliveira afirmou que a operação será positiva para os acionistas da fabricante brasileira porque garantirá a sobrevivência e a sustentabilidade da companhia.
Embraer e Boeing anunciaram na semana passada um memorando de entendimento para um acordo futuro em que a fabricante brasileira vai vender sua principal operação, a de jatos comerciais, para a Boeing, criando uma terceira empresa que será 80% controlada pelo grupo norte-americano.
O BNDES, por meio da BNDESPar, é um dos maiores acionistas da Embraer, cujo poder de voto deverá ser ampliado em uma assembleia de acionistas que decidirá se o acordo entre as duas empresas poderá seguir adiante.
Oliveira não comentou quando a assembleia de acionistas da Embraer poderá ser realizada ou a cláusula de veneno do estatuto da empresa que exige um pagamento de 50% de prêmio sobre as ações da empresa em caso de uma tomada de controle.
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“Hoje somos sócios de uma empresa que sem a Boeing não vai valer muita coisa em poucos anos”, disse Oliveira. Ele citou o anúncio nesta semana da companhia aérea norte-americana Jet Blue, uma das principais clientes da Embraer, que decidiu trocar sua frota de aeronaves da fabricante brasileira por modelos produzidos pela parceria Airbus-Bombardier.