O dólar fechou hoje (4) com leve alta frente ao real, em um pregão marcado por menor liquidez porque os mercados dos Estados Unidos estiveram fechados com o feriado pelo Dia da Independência, o que desencorajou os investidores a tomarem posições mais fortes.
LEIA MAIS: Após subir quase 1% na véspera, dólar cai e vai abaixo de R$3,90
O dólar avançou 0,45%, a R$ 3,9130 na venda. O dólar futuro tinha variação positiva de cerca de 0,35% no final da tarde.
“Faltam motivos para uma rodada de mau humor, mas também não há força para o contrário”, afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.
Os investidores continuaram de olho na cena externa, com temores sobre a guerra comercial e o prazo de sexta-feira (6) em que os Estados Unidos devem iniciar a taxação sobre produtos chineses, o que pode gerar retaliações da China como resposta.
Além disso, a política monetária nos EUA também estará no radar nesta semana, com a divulgação da ata do Federal Reserve, banco central do país, e importantes dados de emprego. O mercado quer mais sinais sobre as próximas altas de juros.
VEJA TAMBÉM: Como fugir da alta do dólar em viagens para o exterior
Taxas mais elevadas tendem a atrair a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
O dólar tinha leves variações frente a uma cesta de moedas e pequena alta sobre divisas de países emergentes, como o peso chileno.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 2,1 bilhão do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio para este pregão.
“O BC só atua quando o movimento [do câmbio] descola do exterior”, afirmou Machado.