Sergio Marchionne foi substituído como presidente-executivo da Fiat Chrysler (FCA), ontem (21), pelo chefe da divisão Jeep da empresa, Mike Manley, depois de a saúde do executivo de longa data da montadora se deteriorar acentuadamente após uma cirurgia.
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Segundo a FCA, o britânico Manley, que também é responsável pela região da América do Norte, implementará uma estratégia delineada por Marchionne no mês passado para garantir que a empresa tenha um “futuro forte e independente”.
Marchionne, 66 anos, recebeu o crédito por resgatar a Fiat e a Chrysler da falência após assumir o comando da montadora italiana, em 2004. Ele deveria deixar o grupo em abril de 2019, mas sua súbita crise de saúde forçou a FCA a acelerar a mudança.
“A FCA comunica com profundo pesar que durante o curso desta semana surgiram complicações inesperadas enquanto Marchionne se recuperava de uma cirurgia e que estas pioraram significativamente nas últimas horas”, disse o comunicado.
A FCA disse neste mês que Marchionne, que possuía cidadania italiana e canadense e era descrito por aqueles que trabalharam com ele como um workaholic, havia passado por uma cirurgia no ombro e estava em recuperação, mas depois sua situação piorou.
Isso também motivou planos de sucessão na fabricante de carros esportivos Ferrari e na fabricante de caminhões e tratores CNH Industrial, desmembrada da FCA nos últimos anos. Juntamente com a FCA, as empresas são controladas pela família italiana Agnelli.
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A Ferrari, onde Marchionne era presidente-executivo e do conselho de administração, nomeou John Elkann como novo presidente do conselho. Elkon é presidente do conselho da FCA. O membro do conselho Louis Camilleri foi nomeado presidente-executivo da Ferrari, disse a montadora de luxo em comunicado separado.
Marchionne havia dito anteriormente que planejava permanecer como presidente do conselho e CEO da Ferrari até 2021.
A CNH Industrial, que Marchionne também presidia, nomeou Suzanna Heywood como sua substituta.