A General Electric divulgou hoje (20) uma queda menor do que a esperada no lucro trimestral, mas cortou uma importante meta financeira, gerando dúvidas sobre as perspectivas do conglomerado para o ano, o que causava forte queda nas ações do grupo.
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A GE, conglomerado industrial fundado há 126 anos, cujas unidades de energia e serviços financeiros estão em dificuldades, disse que espera gerar talvez US$ 1 bilhão a menos de fluxo de caixa livre do que o esperado neste ano.
A previsão lança dúvidas sobre a meta de lucro ajustado para o ano inteiro da GE de US$ 1 a US$ 1,07 por ação. Embora a GE tenha confirmado essa meta hoje, muitos analistas a consideraram irreal e cortaram suas estimativas após os fracos resultados do primeiro trimestre.
“Estamos recebendo perguntas sobre como a empresa pode manter a orientação de lucro por ação enquanto corta a previsão de fluxo de caixa livre”, escreveu Stephen Tusa, analista do JPMorgan.
A GE cortou a meta de fluxo de caixa livre industrial para US$ 6 bilhões, ante uma previsão na faixa entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões.
O lucro trimestral ajustado, que exclui certos custos previdenciários e reestruturação, caiu 10%, para US$ 0,19 por ação, superando as expectativas dos analistas de US$ 0,17 por papel, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
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A GE disse que a fraqueza nas áreas de energia e energia renovável foi compensada por ganhos em suas unidades de aviação e saúde.
“Eles não estragaram tudo”, disse Nick Heymann, analista da William Blair, que observou que os ganhos foram limitados. “Esse foi um trimestre impulsionado inteiramente pela aviação e pela saúde.”
Às 13h30, as ações da companhia recuavam cerca de 5% na bolsa de Nova York, revertendo ganhos de 1% mais cedo.
O lucro da GE ficou acima das expectativas em parte porque a empresa reduziu os custos gerais mais do que os analistas esperavam e as perdas na GE Capital foram menores do que a expectativa, apontou Deane Dray, analista da RBC Capital Markets.