O Wells Fargo informou hoje (13) um lucro trimestral menor do que o esperado, pressionado pelo encolhimento de sua carteira de crédito e por uma receita menor do que há um ano.
VEJA TAMBÉM: Wells Fargo vai pagar US$ 1 bi para encerrar processo
O Wells Fargo disse que grande parte do declínio do crédito tem relação com movimentos para evitar empréstimos mais arriscados, mas os resultados do segundo trimestre acenderam preocupações sobre os danos à reputação remanescentes do escândalo de falsas contas e outros abusos contra clientes.
O saldo médio total de empréstimos do banco encolheu 1% no trimestre em relação ao ano anterior, à medida que o sua carteira de crédito ao consumidor caiu 2% e o crédito imobiliário comercial desacelerou.
O Wells Fargo tem reduzido as carteiras hipotecárias da era da crise financeira e está voltando a fazer empréstimos para outros setores, como automotivo, onde vê muito risco. Seu mais recente recuo está nos empréstimos imobiliários comerciais.
O negócio de hipotecas pesou sobre a renda que o banco faz com tarifas, que caíram 8% no trimestre, para US$ 9 bilhões.
Mesmo com os saldos de empréstimos caindo, a receita líquida de juros do banco subiu 1%, impulsionada por juros mais altos.
LEIA: Wells Fargo confisca US$ 60 mi de CEO e ex-funcionária envolvidos em escândalo
As despesas totais não relacionadas a juros aumentaram 3%, para US$ 14 bilhões, com o banco observando que os custos de marketing de um esforço de reposicionamento para ajudar a reparar os danos à sua reputação aumentaram os custos.
O banco informou que também que registrou US$ 619 milhões em perdas operacionais no trimestre para compensar os clientes prejudicados por questões de câmbio, hipotecas, financiamento de automóveis e gerenciamento de fortunas.
O lucro líquido aplicável às ações ordinárias caiu para US$ 4,79 bilhões, ou US$ 0,98 por ação, no segundo trimestre, ante US$ 5,45 bilhões, ou US$ 1,08 por ação no ano anterior.
Em uma base ajustada, os ganhos foram de US$ 1,08 por ação, excluindo o impacto de US$ 0,10 de uma despesa com imposto de renda, abaixo das estimativas de analistas de US$ 1,12 por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.