Um professor aposentado de engenharia do Instituto de Tecnologia da Georgia, descrito como “pioneiro” no desenvolvimento da ideia de transporte compartilhado, processou a Lyft, alegando que a empresa infringiu a patente da tecnologia que serve de base para o seu modelo de negócios.
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De acordo com uma queixa apresentada na noite de segunda-feira (23), a Lyft não pagou a Stephen Dickerson por usar seu sistema de integração de telefones celulares, tecnologia de sistema de posicionamento global (GPS) e faturamento automatizado, apesar de ter receita anual de até US$ 1 bilhão.
“O núcleo de seu modelo de negócios é o sistema de transporte da invenção do Prof. Dickerson; sem esse sistema, a Lyft literalmente não pode operar”, diz a queixa.
Por meio de sua empresa RideApp, Dickerson está buscando royalties e uma liminar contra a Lyft, sediada em São Francisco.
Fundada em 2012, a Lyft foi avaliada no mês passado em US$ 15,1 bilhões depois de concluir uma rodada de financiamento de US$ 600 milhões.
Uma porta-voz da Lyft se recusou hoje (24) a comentar o assunto.
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A ação chamou Dickerson de “pioneiro no desenvolvimento da ideia radical” de compartilhar carona ao conceber seu sistema em 1999, antes de os celulares de grandes fabricantes incorporarem a tecnologia GPS e permitirem o faturamento automatizado.
Dickerson disse que ele readquiriu a patente em 2018, 17 anos depois de ceder seus direitos à Georgia Tech, que não fez nenhum esforço ao longo dos anos para impedir as infrações.
Jeffrey Toney, sócio da Kasowitz Benson Torres que representa Dickerson, disse que seu cliente acredita que a Lyft pode estar infringindo a patente quando começou os esforços para recuperá-la.
Toney se recusou a dizer se outras empresas poderiam ser alvo de ações, mas disse que Dickerson “pretende fazer valer seus direitos e desenvolver plenamente sua invenção”.
O processo foi aberto em um tribunal federal em Manhattan.