O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, fez hoje (10) um acordo com as autoridades chinesas para construir uma nova fábrica de automóveis em Xangai, a primeira fora dos Estados Unidos, que dobraria o tamanho da produção global da montadora de carros elétricos.
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O acordo foi anunciado ao mesmo tempo em que a Tesla elevou os preços dos veículos fabricados nos EUA que vende na China para compensar o custo das novas tarifas impostas pelo governo chinês em retaliação às mais pesadas tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre os produtos chineses.
Musk estava em Xangai hoje, e o governo local disse que acolheu a decisão da Tesla de investir não apenas em uma nova fábrica na cidade, mas também em pesquisa e desenvolvimento. A China pressionou muito para atrair mais talentos e capital investido pelas montadoras globais em tecnologia avançada de veículos elétricos.
A Tesla planeja produzir os primeiros carros cerca de dois anos após o início da construção de sua fábrica em Xangai, chegando a 500 mil veículos por ano cerca de dois a três anos depois, informou a companhia.
Isso tornaria a fábrica da Tesla em Xangai grande para os padrões da indústria automotiva, onde a maioria das fábricas é usada para construir de 200 mil a 300 mil veículos por ano, e aproximadamente equivalente à produção anual planejada para a fábrica da Tesla em Fremont, Califórnia.
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Às 14h (horário de Brasília), as ações da montadora subiam cerca de 0,7% na Nasdaq, mesmo com alguns analistas questionando sobre como a empresa deficitária obterá o capital necessário para construir e contratar funcionários para uma fábrica tão grande.
O governo de Xangai sugeriu que poderia ajudar com alguns dos custos de capital. “O governo municipal de Xangai vai apoiar totalmente a construção da fábrica da Tesla”, disse em comunicado.
A montadora disse que o anúncio de hoje não afetará as operações de produção dos EUA, que continuam a crescer.