A Apple deve ganhar a aprovação antitruste incondicional da União Europeia para a aquisição planejada do aplicativo britânico de identificação de música Shazam, disseram hoje (22) duas fontes familiarizadas com o assunto.
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O acordo, anunciado em dezembro do ano passado, ajudará a fabricante do iPhone a competir melhor com o Spotify, líder do setor em serviços de streaming de música. O Shazam identifica músicas quando um smartphone é apontado para uma fonte de áudio.
A Comissão Europeia abriu uma investigação em grande escala sobre o acordo em abril, em uma atitude emblemática em suas recentes preocupações de que as empresas possam comprar um rival rico em dados para extrair informações ou tirar outros do mercado.
A autoridade antitruste da UE disse estar preocupada que o acordo com o Shazam possa dar à Apple uma vantagem injusta na captura de usuários de seus rivais.
A autoridade também citou preocupações de que a Apple possa possivelmente suspender a aplicação do Shazam para os concorrentes da Apple Music, o segundo maior serviço de streaming de música da Europa.
O porta-voz para concorrência da Comissão Europeia, Ricardo Cardoso, recusou-se a comentar. O executivo da UE deve decidir sobre o negócio até o dia 18 de setembro. A Apple não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.
A Comissão assumiu o caso dos reguladores nacionais da UE a pedido de sete países europeus, incluindo a França, a Itália, a Espanha e a Suécia.
A Apple não deu um valor ao negócio. O site de notícias tecnológicas “TechCrunch” informou, na época, que o preço poderia chegar a US$ 400 milhões, bem abaixo da mais recente avaliação da empresa, de US$ 1 bilhão.