O Grupo Noble recebeu hoje (27) aprovação dos acionistas para um plano de reestruturação da dívida de US$ 3,5 bilhões, algo que deve garantir a sobrevivência da empresa que já foi a maior trading de commodities da Ásia.
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Diante da perspectiva de insolvência da companhia, os acionistas apoiaram relutantemente uma troca de dívida por capital que os deixaria detendo apenas 20% dos negócios, enquanto entregavam o controle majoritário a um grupo de credores composto principalmente por fundos de hedge.
“É obviamente um alívio tirar isso do caminho hoje e obter um apoio tão forte de nossos acionistas”, disse Paul Brough, presidente do Noble, após a empresa ter obtido aprovação de 99,6% dos acionistas que votaram na reunião realizada em Singapura. “É tudo sobre o negócio agora, em vez da reestruturação”, disse Brough depois de responder a inúmeras perguntas sobre as perspectivas da empresa reestruturada.
Vários pequenos acionistas presentes à reunião disseram à Reuters que estavam irritados com a administração do Noble, já que o plano reduziu o valor de seus investimentos, mas disseram que não viam alternativa senão apoiar o plano para salvar pelo menos parte de seu dinheiro.
O Noble, fundado em 1986 por Richard Elman, que aproveitou uma alta de commodities para transformá-la em uma das maiores tradings do mundo, teve seu valor de mercado, praticamente zerado após marcar US$ 6 bilhões em fevereiro de 2015.