O efeito da alta do dólar e o impacto da greve dos caminhoneiros em maio fizeram o lucro da petroquímica Braskem cair pela metade no segundo trimestre.
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O grupo petroquímico controlado pela Odebrecht informou hoje (8) que teve lucro líquido de R$ 547 milhões no período, queda de 50% ante igual etapa de 2017.
A Braskem atribuiu a queda principalmente à desvalorização cambial, que fez seu resultado financeiro líquido ser negativo em R$ 2,14 bilhões, número 216% pior do que um ano antes, refletindo sobretudo o efeito de variações cambiais.
Além disso, o desempenho operacional foi também atingido pela greve dos caminhoneiros, que reduziu a disponibilidade de produtos para venda, e por paradas programadas em fábricas petroquímicas nos Estados Unidos e no México.
Por fim, o maior equilíbrio entre oferta e demanda e a elevação dos preços da nafta também pressionou as margens da Braskem no trimestre.
De todo modo, a receita líquida cresceu 16%, para R$ 13,79 bilhões. E o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 3,177 bilhões, aumento de 5% sobre um ano antes.
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No Brasil, a taxa média de utilização das petroquímicas foi de 90%, queda de 3% principalmente em função das restrições oriundas da greve dos caminhoneiros.
A Braskem fechou junho com uma dívida líquida equivalente a 1,9 vez seu Ebitda, índice inferior aos de 1,98 vez em março, mas maior do que 1,85 vez de 12 meses antes.
Em junho, a Odebrecht informou ter iniciado negociações exclusivas para vender toda sua participação controladora na Braskem para a holandesa LyondellBasell.