Os celulares Galaxy S7 da Samsung têm uma falha na segurança dos microchips descoberta no começo deste ano, que deixou dezenas de milhões de aparelhos vulneráveis à espionagem de hackers, disseram pesquisadores à Reuters.
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O Galaxy S7 e outros celulares da Samsung foram desenvolvidos para serem imunes à vulnerabilidade de segurança conhecida como Meltdown, que investigadores dizem que esteve presente na maioria dos computadores pessoais, celulares e outros dispositivos de computação no início deste ano.
Mas pesquisadores da Universidade Técnica de Graz, na Áustria, disseram terem descoberto uma maneira de explorar a vulnerabilidade do Meltdown para atacar os aparelhos Galaxy S7.
A Samsung disse que fez atualizações de segurança para proteger os aparelhos em janeiro, seguido por uma atualização de software em julho. “A Samsung leva a segurança muito a sério e nossos produtos e serviços são projetados com prioridade para este quesito”, afirmou a empresa em comunicado.
A equipe da Universidade de Graz planeja divulgar suas descobertas amanhã (9), na conferência de segurança Black Hat, em Las Vegas. Os pesquisadores austríacos estão analisando o impacto da Meltdown em outras marcas e modelos de celulares e esperam descobrir mais dispositivos vulneráveis em um futuro próximo, disse o pesquisador Michael Schwarz à Reuters. “Há potencialmente ainda mais telefones afetados que ainda não conhecemos”, disse. “Existem potencialmente centenas de milhões de telefones que são afetados pela Meltdown e não podem ser consertados porque os próprios fornecedores não sabem.”
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O Galaxy S7 é usado por cerca de 30 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a empresa de pesquisa Strategy Analytics. A Samsung lançou duas novas versões de sua linha de celulares Galaxy desde que o S7 entrou no mercado, em 2016.
Uma porta-voz da Samsung não comentou quantos aparelhos Galaxy S7 foram vendidos. Ela disse que não há casos relatados em que a Meltdown tenha sido usada para invadir um S7 e de que qualquer outro celular Samsung seja vulnerável.
A Meltdown, e uma segunda vulnerabilidade conhecida como Specter, podem ser usadas para revelar o conteúdo da unidade central de processamento de um computador como senhas ou detalhes de transações bancárias.
Não há casos conhecidos de hackers explorando qualquer vulnerabilidade em um ataque real, mas a divulgação das falhas generalizadas de hardware abalou a indústria de computadores, forçando os fabricantes de chips e de dispositivos a se esforçarem para conter as consequências.