O presidente-executivo da JD.com, Richard Liu, retornou à China, informou hoje (3) a gigante chinesa de comércio eletrônico, dias depois de ser preso pela polícia na cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, por suspeita de conduta sexual criminosa, e depois liberado. A polícia disse que uma investigação estava em andamento.
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A JD.com disse que a acusação contra Liu, de 45 anos, era infundada. Um advogado de Liu, Earl Gray, de Minnesota, disse que seu cliente nega qualquer irregularidade, e acrescentou que não espera que ele seja acusado, observando que foi liberado sem acusação ou fiança, e foi autorizado a retornar à China.
“Sob essas circunstâncias, com base em nossa experiência substancial no sistema de justiça criminal em Minnesota, é altamente improvável que no futuro acusações sejam feitas contra nosso cliente”, disse Gray em comunicado enviado por email.
A polícia de Minneapolis disse ontem (2) que “uma investigação ativa” está em andamento, embora fosse possível que o bilionário fundador da empresa deixasse os Estados Unidos. A Reuters não conseguiu entrar em contato com Liu para comentar.
“Não sabemos se haverá acusações ou não porque não concluímos a investigação”, disse ontem John Elder, porta-voz do Departamento de Polícia de Minneapolis, à Reuters. Ele se recusou a fornecer detalhes sobre a prisão.
O caso levantou preocupações de que a deficitária JD.com listada na Nasdaq poderia enfrentar dificuldades para tomar decisões devido à sua estrutura de governança incomum.
A empresa é apoiada pelo Walmart, pelo Google, da Alphabet, e pela Tencent Holdings, da China.
As regras da JD.com exigem que Liu, que detém quase 80% dos direitos de voto da empresa, esteja presente nas reuniões do conselho para tomar decisões, embora não esteja imediatamente claro se ele deve estar fisicamente presente ou participar por teleconferência.