O dólar abandonou a trajetória de alta do início dos negócios e já caía hoje (27), e já operava abaixo dos R$ 4, refletindo fluxo de ingresso de recursos e desmonte de posições compradas, com os investidores menos assustados quanto ao cenário eleitoral doméstico em sessão ainda marcada por melhora no cenário externo.
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Às 11:32, o dólar recuava 1,24%, a R$ 3,9761s na venda, depois de terminar a véspera em baixa de 1,39%, a R$ 4,0262, menor valor desde 20 de agosto. Na mínima, a moeda foi a R$ 3,9879. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,80%.
“Está tendo fluxo…e uma reversão dos fundos, que estão voltando a comprar no Brasil”, explicou o presidente da correspondente cambial Remessa Online, Fernando Pavani.
Nos últimos dias, muitos investidores têm desmontado posições compradas (que apostam na alta) em dólar em meio à percepção de que as eleições estão se encaminhando para um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) e que o primeiro têm boas chances de vencer o pleito.
Nesta quinta-feira (27), não estão previstas novas pesquisas de intenções de votos. Na véspera, o mercado se animou com levantamento do Paraná Pesquisas, feito para a Empiricus Research, mostrando que Bolsonaro venceria Haddad no segundo turno.
O recuo do dólar no mercado doméstico também era influenciado pelo exterior, onde passou a recuar também sobre as demais divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
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O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,720 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões.
Se vender integralmente a oferta de hoje (27), terá rolado integralmente o vencimento de outubro.