O dólar subia e rondava a casa de R$ 4,12 hoje (25) depois que a última pesquisa Ibope de intenção de votos mostrou um cenário mais adverso para o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), com perda de força no segundo turno.
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Às 11:16, o dólar avançava 0,70%, a R$ 4,1165 na venda, depois de ter alcançado na máxima R$ 4,1429.
O dólar futuro tinha elevação de cerca de 0,5%.
“As pesquisas mais recentes jogam um balde de água fria no otimismo ‘antiesquerda’ da semana passada e voltam a elevar o grau de cautela no mercado”, escreveu a corretora H.Commcor em relatório.
A pesquisa Ibope divulgada na véspera (24) mostrou Bolsonaro estacionado na liderança com 28% das intenções de voto, e crescimento de Fernando Haddad (PT) na segunda posição. Em um cenário de segundo turno, Bolsonaro só não perde para Marina Silva (Rede).
O levantamento mostrou ainda que a rejeição ao candidato do PSL também cresceu, com 46%, ante 42% na pesquisa anterior.
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Investidores preferem candidatos mais comprometidos com o ajuste das contas públicas e sua primeira opção seria o tucano Geraldo Alckmin. Mas como ele não tem conseguido avançar nas pesquisas, o mercado vinha aceitando Bolsonaro como alternativa a candidatos com perfil mais à esquerda.
“A possibilidade de vitória de Haddad no segundo turno traz cautela… O dólar, que havia passado por uma realização depois de testar os R$ 4,20, volta a ser o ativo de ‘hedge’ dos investidores para a eleição”, avaliou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Vitor Miziara.
Ainda nesta sessão, o Banco Central realiza leilão de até 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de U$ 9,801 bilhões.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No mercado externo, o dólar tinha leve baixa ante a cesta de moedas. Mas subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca, além do peso argentino. O presidente do banco central da Argentina, Luis Caputo, renunciou ao cargo hoje (24) e será substituído pelo secretário de Política Econômica, Guido Sandleris.