O dólar terminou hoje (28) em alta e de volta ao nível de R$ 4, após três sessões consecutivas de queda, sob influência externa e da cena eleitoral doméstica, a pouco mais de uma semana do pleito.
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Na semana e no mês, entretanto, a moeda recuou, com investidores reduzindo posições compradas, que apostam na alta, após a corrida ao Palácio do Planalto ter se polarizado entre um provável segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Com o desfecho eleitoral ainda incerto, outubro começa com previsão de volatilidade.
O dólar avançou R$ 1,07, a R$ 4,0371 na venda, acumulando, na semana, queda de 0,26%.
No mês, caiu 0,87%, depois de fechar agosto com alta de 8,46%, o maior avanço desde setembro de 2015. No ano até agora, o dólar já ficou 21,80% mais caro.
O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,20%.
“Mercado deve seguir apreensivo e cauteloso com aproximação das eleições, de olho nas pesquisas”, disse o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.
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Nos últimos três pregões, o dólar caiu com força e fechou a véspera no menor valor em 5 semanas, abaixo de R$ 4, com os investidores, sobretudo estrangeiros, reduzindo posições compradas, com a percepção de que o hedge montado para o pior cenário eleitoral foi exagerado.
Os investidores vêm ajustando suas carteiras nas últimas semanas para um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, já que o preferido Geraldo Alckmin (PSDB), por seu perfil mais reformista, patina nas pesquisas. Nesse cenário, o mercado ainda aposta numa vitória de Bolsonaro, que teria um perfil mais reformista do que o petista.
Um gestor de derivativos de uma corretora local ponderou que, se houver fluxo vendedor nos próximos pregões, a exemplo do que ocorreu nos últimos dias, a moeda norte-americana pode vir a testar novamente os níveis abaixo de R$ 4.
Desta forma, caiu mal hoje (28) a pesquisa XP Investimentos/Ipespe que mostrou que o candidato Fernando Haddad cortou para 7 pontos a vantagem do líder Jair Bolsonaro, do PSL, e ainda venceria em segundo turno. À noite, o Datafolha divulga um novo levantamento.
Também desagradou a notícia da revista “Veja” de que Bolsonaro foi acusado pela ex-mulher de ocultar patrimônio da Justiça Eleitoral, ter renda mensal acima da declarada e furtar um cofre bancário pertencente a ela, além de declarações polêmicas de seu vice, o general Hamilton Mourão, contra o 13º salário.
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Por fim, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder uma entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, outro fator a pesar sobre os ativos, juntamente com o cenário externo.
Lá fora, o dólar subia ante a cesta de moedas e ante divisas de emergentes em dia de um pouco mais de aversão ao risco após o governo italiano ter divulgado um orçamento para 2019 com um déficit três vezes maior do que sua meta anterior.
Destaque para o euro, que cedeu abaixo de US$ 1,16 pela primeira vez em duas semanas uma vez que alguns investidores consideraram o orçamento italiano como um desafio às exigências da União Europeia.
“No externo, a Itália está levando o investidor a procurar segurança. E no doméstico, as notícias estão na contramão da véspera”, resumiu o especialista em câmbio da Frente Corretora Robert Awerianow.
O Banco Central concluiu na véspera a rolagem do vencimento de swap cambial – equivalente à venda futura de dólares – de outubro e, após o fechamento do mercado, já anunciou o início da rolagem de novembro a partir da próxima segunda-feira. A oferta será de até 7,7 mil contratos que, se mantida até o final do mês, rolará integralmente o total de US$ 8,027 bilhões em swaps que vencem no penúltimo mês de 2018.