Alvo de um processo da Securities and Exchange Commissionn (SEC), a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o empresário sul-africano Elon Musk vai deixar o comando do conselho da Tesla, sua fabricante de carros. O afastamento, por um período de três anos, faz parte de um acordo assinado com a agência reguladora do setor financeiro nos Estados Unidos, pelo qual Musk também deverá pagar uma multa de US$ 20 milhões. A SEC o acusa de fraude por fazer declarações falsas no Twitter, portanto públicas, que poderiam prejudicar investidores da Tesla.
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No dia 7 de agosto, Elon Musk, que segue CEO da companhia, disse ter “fundos garantidos” para fechar o capital da Tesla. Dias mais tarde, porém, recuou e declarou que a empresa seguiria na Bolsa de Valores. Em nenhum momento o empresário negou ter tentado ludibriar investidores. Agora, como parte do acordo firmado, a Tesla terá de formar um comitê de diretores independentes para acompanhar comunicados feitos ao mercado e possíveis conflitos de interesse, além de contar com dois diretores independentes e ampliar o monitoramento de Musk com os investidores.
O anúncio do processo da SEC caiu como uma bomba no mercado financeiro e o sul-africano perdeu, em um só dia, 1,1 bilhão de dólares. No dia seguinte, o mau desempenho continuou: nas sexta-feira (28), ações da companhia perderam 13% do valor.